1917: uma película enquanto dimensão traumática

Na educação básica ao estudarmos à História vê-se, em pequena proporção, a dimensão traumática ocasionada pelas guerras, pois, há uma ênfase nos meios políticos e econômicos. Normalmente, as duas grandes guerras mundiais, sobretudo à segunda, por terem um maior destaque, possibilitam aos alunos conhecer essa dimensão traumática. Contudo, esse trauma, geralmente, é visto de forma massificado ‘quantas pessoas morreram durante a 1° ou 2° guerra mundial’; ou de forma isolada ‘sujeitos históricos que se destacaram durante a 1° ou 2° guerra mundial’. Raramente, vê-se os traumas adquirido pelo indivíduo, devido às experiências que sofrera. De que forma, portanto, analisar essa dimensão com alunos do 9° ano? 1917, filme de Sam Mendes, torna possível ao telespectador ter noção desse aspecto traumático. Tendo dois personagens centrais e gravado em alguns planos sequências, a película se diferencia das demais, ao passo que nos possibilitam uma imersão audiovisual, equivalente a sermos nós os próprios protagonistas. É nesta divisa que 1917 torna imaginável a construção da dimensão traumática nos sujeitos históricos.

Texto: Fabricio Lopes