Data:
09/11/2018
Título:
"A PROPRIEDADE PRIVADA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU: ORIGEM E LEGITIMIDADE"
Resumo:
Esta dissertação traz um debate teórico sobre a origem e a legitimação da propriedade privada nas obras éticas e políticas de Jean-Jacques Rousseau. Esses são temas que circundam a propriedade privada e as relações estabelecidas antes e depois da sua instituição na sociedade civil. Com base na leitura das obras: Discurso sobre as ciências e as artes (1750); Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1754); Contrato Social (1762); Tratado sobre a economia política (1755), a pesquisa se divide em dois capítulos. O primeiro aborda a relação entre a natureza presente tanto no homem como fora dele, demonstrando a existência de um sistema que inclui faculdades e sentimentos exclusivos ao homem, como também se ordena de forma universal. O segundo discute o fundamento do contrato dos ricos e a legitimação do poder soberano em relação a defesa do direito à liberdade civil e a igualdade política, econômica e social. Em suma, a propriedade privada não concebe a origem do Estado, mas representa um elemento que uniu as vontades e mostrou que um direito só é realmente válido quando todos os homens podem desfrutar das mesmas condições necessárias para a garantia da sua humanidade e da sua vida.
Palavras-chave:
Propriedade privada; estado de natureza; estado civil; desigualdades; Estado.
Banca:
Prof. Dr. ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. CRISTINA FORONI CONSANI (Membro Externo - UFPR)
Prof. Dr. JOEL THIAGO KLEIN (Membro externo - UFSC)
ver dissertação na íntegra

Data:
08/11/2018/dd>
Título:
"A RELAÇÃO ENTRE SOCIABILIDADE INSOCIÁVEL E TELEOLOGIA NA FILOSOFIA PRÁTICA DE KANT"
Resumo:
O objetivo desta dissertação consiste na análise da relação entre os conceitos de sociabilidade insociável e de teleologia na filosofa prática kantiana. Tal análise se baseia, primordialmente, em textos como Ideia de Uma História Universal com um Propósito Cosmopolita (1784) e a Crítica da Faculdade de Julgar (1790). Para Kant, pensar a sociabilidade insociável segundo uma perspectiva teleológica é perceber que a natureza nada faz em vão. Uma vez que ela dotou o homem de razão e de uma natureza humana dinâmica e antagônica, ele precisa desenvolver suas disposições que visam o uso da razão e, assim, corroborar para que o fim terminal dos seres racionais se efetive no mundo. Esse fim nada mais é do que o próprio homem sob leis morais, ou seja, a finalidade proposta pela perspectiva teleológica é a moralidade. Portanto, para expor esse posicionamento a argumentação da dissertação está dividida em três capítulos. O primeiro objetiva analisar o conceito de sociabilidade insociável e suas dimensões. O segundo expõe o conceito de teleologia, em seu aspecto teórico, assim como, pensa a teleologia em seu aspecto prático e, por fim, o terceiro capítulo, é responsável por analisar a relação entre o antagonismo social e a teleologia prática dando enfoque na disciplina da sociabilidade insociável por meio do direito e da educação.
Palavras-chave:
Sociabilidade insociável; teleologia; moralidade; direito; educação.
Banca:
Prof. Dr. ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. JOEL THIAGO KLEIN (Membro Externo - UFSC)
Prof. Dra. MARIA DE LOURDES ALVES BORGES (Membro externo - UFSC)
ver dissertação na íntegra

Data:
21/09/2018
Título:
"A fraternidade e sua interpretação à luz do princípio de diferença no pensamento de John Rawls "
Resumo:
Na presente pesquisa, investigamos em que medida o princípio de diferença resgata a ideia de fraternidade como categoria política na filosofia de John Rawls. Para tanto, analisamos as obras Uma Teoria da Justiça (1971) e, de forma complementar, O Liberalismo Político (1993), ambas do filósofo ora mencionado. Para Rawls, pensar a fraternidade como questão política é uma concepção praticável, desde que imaginada como um ideal que atenda aos requisitos do princípio de diferença, uma vez que, sob esta ótica, as desigualdades permitidas por instituições justas somente o são na proporção em que contribuem para o bem-estar dos menos favorecidos, e nesse sentido, parece atender às exigências da fraternidade. Assim, para expor esse posicionamento, organizamos a dissertação, além da introdução e das considerações finais, em três capítulos: no primeiro deles, apresentamos os pressupostos da teoria da justiça como equidade e alguns dos seus principais conceitos; no segundo capítulo, expomos a justiça distributiva em Uma Teoria da Justiça, bem como as críticas dos comunitaristas à justiça como equidade; e, por último, no terceiro capítulo, abordamos o princípio de diferença e sua vinculação ao princípio da fraternidade, passando pela análise das principais instituições para uma igualdade democrática e pelas reflexões sobre justiça intergeracional e o mínimo social.
Palavras-chave:
Liberdade; igualdade; fraternidade; princípio da diferença.
Banca:
Prof. Dr. ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. EVANIA ELIZETE REICH (Membro Externo - UFSC)
Prof. Dr. JOEL THIAGO KLEIN (Membro externo - UFSC)
ver dissertação na íntegra

Data:
20/08/2018
Título:
"Sobre a hominis dignitate em Pico della Mirandola: Entre a vertigem da liberdade e a purificação da alma"
Resumo:
Esta dissertação tem por objetivo expor, analisar e identificar os limites da concepção de dignidade humana, definida por Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494), bem como averiguar os desdobramentos atuais deste conceito. Estreitamente relacionada à noção de liberdade, a dignidade que nos é atribuída pelo autor, tanto exalta a nossa autonomia como nos mantém, fatalmente, ligados a critérios morais que são abalizados por uma suposta verdade divina. A relação que Pico estabelece entre liberdade e verdade, revela o seu posicionamento acerca dos papéis da retórica e da filosofia, mas além disso, algumas de suas opiniões, formuladas em meio a esta relação, também repercutem em certas problemáticas sociais. Todas essas questões são desenvolvidas e aprofundadas, sobretudo, a partir do Discurso da dignidade do homem, no qual o autor desenvolve o conceito posto em foco e, de maneira complementar, a partir da análise de três correspondências, remetidas por Pico, Ermolao Barbaro e Philipp Melanchthon, nas quais os autores discorrem sobre o embate entre a retórica e a filosofia.
Palavras-chave:
Pico della Mirandola; Renascimento; Dignidade; Retórica; Liberdade.
Banca:
Monalisa Carrilho de Macedo (Presidente - UFRN)
Markus Figueria da Silva (Membro interno - UFRN)
Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)
ver dissertação na íntegra

Data:
21/08/2018
Título:
"A NOÇÃO DE DIKAIOSÝNE: ANÁLISE DO MITO DO ANEL DE GIGES EM PLATÃO"
Resumo:
Este trabalho investiga a noção de justiça, dikaiosýne, na República de Platão através da análise do mito do anel de Giges. Platão ao narrar o mito do anel de Giges expõe mediante as suas imagens a máxima injustiça tanto no que se refere à alma do indivíduo, psyché, quanto no que se refere à cidade-estado, pólis. Giges é a imagem do tirano, logo possui o pior tipo de alma, a tirânica, que reflete a sua prática política. A tirania representa a máxima injustiça. Ao fazer a analogia entre psyché e pólis, percebemos a preocupação de Platão com a ética, a política e a formação paidêutica dos cidadãos. A tirania se contrapõe à melhor alma e ao melhor governo que seria a do rei-filósofo. Platão usa o mito de forma paidêutica, educativa, para provocar a reflexão na alma dos indivíduos sobre a areté por excelência, a dikaiosýne. Da narrativa da máxima injustiça, Platão caminha para tornar visível a máxima justiça que deveria existir na alma dos belos e bons cidadãos e na sua cidade ideal, a politéia.
Palavras-chave:
Platão, República, dikaiosýne, mito do anel de Giges, tirania.
Banca:
Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Monalisa Carrilho de Macedo (Membro interno - UFRN)
Maria das Gralas de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)
ver dissertação na íntegra

Data:
27/06/2018
Título:
"Kant e o mal: a impossibilidade de uma pura maldade na natureza humana"
Resumo:
A temática do mal na filosofia kantiana decorre da sua abordagem da moralidade cujo conceito do mal, em suma, é ir contra a lei moral, conquanto o mal esteja na realização de uma ação que não é uma ação moral, uma vez que a lei moral almeje a realização do mais elevado bem possível por meio de nós. Kant aborda objetivamente o mal na sua obra A Religião nos Limites da Simples Razão, de 1793, e, para tal, apresenta-o em três níveis: o mal da fraqueza, o mal da impureza e a malignidade. No entanto, ele indica o conceito de um quarto nível que não seria possível, a saber, uma vontade diabólica. A fraqueza seria uma inclinação para uma ação que contraria às próprias máximas, sendo fraco e agindo inversamente à lei moral. A impureza está numa ação correta que, no entanto, não tem como fundamento a lei moral. A malignidade seria a decisão de fazer o mal, tendo as intenções e motivações egoístas na frente da lei moral. Mas, o quarto nível de mal, que para Kant não seria possível de existir, consiste numa ação maligna em que uma vontade puramente diabólica se estabelece. O mal nesse sentido, diabólico, propõe sua querência a partir de uma corrupção natural da vontade. Kant apresenta este conceito, porém entende que ele não é possível, pois as ações humanas desse tipo de mal seriam justificadas na própria razão, uma vez que tal maldade seria a disposição de ânimo admitindo como motivo o mal enquanto mal na própria máxima. Posto que Kant entenda que o homem não alcança a condição de uma vontade diabólica, a presente pesquisa pretende investigar porque, em Kant, o mal diabólico (no sentido de uma desumanidade inata, ou num prazer natural na maldade) não seria possível. Partindo dos conceitos chaves que discute a moral em Kant, como liberdade, imperativo categórico, vontade, intenção, bem e mal, pretende-se analisar a impossibilidade dessa pura maldade na natureza humana.
Palavras-chave:
Kant; Lei; Moral; Maldade; Vontade diabólica.
Banca:
Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Sergio Eduardo Lima da Silva (Membro interno - UFRN)
Maria de Lourdes Alves Borges (Membro externo - UFSC)
ver dissertação na íntegra

Data:
16/02/2018
Título:
"A razão do sábio não temer a morte na filosofia de Arthur Schopenhauer"
Resumo:
O presente trabalho pretende investigar uma possível relação entre os temas sabedoria de vida e temor a morte na filosofia de Arthur Schopenhauer. As obras básicas analisadas serão O mundo como vontade e representação (1819-1844), tomos I e II, e os Aforismos para a sabedoria de vida (1851). No 1° capítulo, iremos fazer um resgate histórico de alguns antecedentes filosóficos do problema da sabedoria contra o temor a morte e, no último subitem, explicitaremos algumas influências de Immanuel Kant (1724-1804) na filosofia de Schopenhauer, no que concerne à distinção entre Vontade e fenômeno. No 2º capítulo, pretendemos dialogar os Aforismos para a sabedoria de vida (1851) com a caracteriologia do Mundo. Primeiramente, almejamos efetuar a distinção entre razão prática e sabedoria de vida para, em segundo lugar, deixar claro que as características do sábio em Schopenhauer se encontram no Mundo, mas só são desenvolvidas nos Aforismos. No que se refere a caracteriologia, ou os três modos de consideração sobre o mesmo caráter (inteligível, empírico e adquirido), serão investigadas as bases ontológicas que permitem a existência de um tipo de vida sábio e no que ele se diferencia do homem comum. No 3° capítulo, será dada ênfase às considerações que Schopenhauer realizou sobre a relação entre o homem e a morte buscando entender a origem do temor à morte e se há ou não um conhecimento que consiga aplacar esse temor. No final será feito um mapeamento dos tipos de morte presente na filosofia schopenhaueriana.
Palavras-chave:
Vontade; Sabedoria de vida; Caracteriologia; Morte.
Banca:
Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Presidente - UFRN)
Markus Figueira da Silva (Membro interno - UFRN)
Vilmar Debona (Membro externo - UFSM)
ver dissertação na íntegra

Data:
21/12/2017
Título:
"O conservadorismo: léxico da filosofia política"
Resumo:
Estudo do conceito do conservadorismo político. A dissertação analisa o conceito do conservadorismo, que é um recorte da direita política. Dado à manifesta abrangência semântica que este termo possui, este trabalho visa identificar uma organização e precisão de significados que permita o uso do mesmo com léxico da filosofia política. Para tanto, acompanha-se o contexto de seu surgimento no período revolucionário francês no final do século XVIII, as dissensões entre as ideias da esquerda e direita políticas que estão diretamente relacionadas com o verbete examinado. O estudo aborda a carga emotiva que acompanha essa categoria, as críticas progressistas e marxistas, e as muito particulares inter-relações com a psicologia política e social. O uso do termo na economia e aspectos da prática psicanalítica são apresentadas como parte da cartografia de utilização léxico conservadorismo, cuja observação é fecunda para validar as demarcações léxicas previamente balizadas. O estudo compreendeu a análise de uma das mais importantes obras para a categoria: Reflexões sobre a Revolução na França, de Edmund Burke, assim como o texto que inaugura um debate que se tornaria recorrente na política, os Direitos do Homem, de Thomas Paine. Os estudos contemporâneos diretamente relacionados à construção semântica albergaram o capítulo 11 do livro A Companion to Contemporary Political Philosophy, de Robert E. Goodin, Philip Pettit e Thomas Pogge, cujo tema é: Conservadorismo (Conservatism), da lavra de Anthony Quinton; o verbete “Conservadorismo”, escrito por Tiziano Bonnazi, no Dicionário de Política de Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino; e o livro O Conservadorismo Clássico, de autoria de Laura Escorsim Netto. Estas constituíram as fontes primárias desse estudo. O trabalho se conclui destacando a relevância e o alcance que esta categoria contemporânea pode usufruir na filosofia política, constituindo um esforço para dar conta de facticidades que se apresentam conflituosas e paradoxais na realidade social.
Palavras-chave:
Conservadorismo político; Direita política; Política.
Banca:
Prof. Dr. SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. ALAN DANIEL FREIRE DE LACERDA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. FRANCISCO WELLINGTON DUARTE (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. JESSÉ JOSÉ FREIRE SOUZA (Membro externo - UFF)

Dissertação não disponível

Data:
20/12/2017
Título:
"Transhumanismo e suas oscilações prometeico-fáusticas: tecnoapoteose na era da ciência demiúrgica. "
Resumo:
Temos a pretensão, com este trabalho, de perscrutar o Transhumanismo, movimento filosófico e cultural que anseia a superação da condição orgânica humana em decorrência do exponencial avanço tecnocientífico traduzido em um aprimoramento humano que compreende um amplo espectro da ação humana. Para isso, vis-à-vis à um resgate histórico de quais sejam suas raízes ou pontos arquimedianos, asseveramos que o movimento pode ser compreendido em consonância à duas tradições tecnocientíficas, Prometeica e Fáustica, ambas constituídas, à luz da filosofia e sociologia de Hermínio Martins, por traços peculiares. O Primeiro se configura em uma estrutura tecnocientífica impelida pela ideia de que, por meio da razão, podemos modificar o mundo para algo melhor, metamorfoseá-lo no afã da obtenção do bem humano, cujo ponto de culminância é o Humanismo; o segundo exprime um caráter desmesurado, descomedido, uma hybris que estabelece uma fissura no ideal Humanista. Sustentamos, ademais, sob o prisma de Hermínio Martins e Victor Ferkiss, que o movimento ressoa uma espécie de “neognosticismo” ou “gnosticismo tecnológico”, razão pela qual, promove, em certa medida, um salvacionismo transcendente high-tech, em detrimento da pura organicidade que nos é constituinte. Apetecemos também tornar evidente que o movimento Transhumanista não se esgota em termos monolíticos, uma vez que sua configuração toma forma em díspares nuances do espectro político, se adequando, trazendo novos eixos de discussão e focos de análise e de proposição, inscritos em duas categorias: Transhumanismo Prometeico e Transhumanismo Fáustico. Por fim, ao elucidarmos o exponencial desenvolvimento das ciências demiúrgicas, almejamos estabelecer caminhos para a compreensão clara de que, não obstante o Transhumanismo seja permeado pelo risco de intensificação da injustiça global, pela flexibilização da constituição natural humana em favor de um humano abstrato e, portanto, potencialmente perigoso, o movimento pode ser concebido como uma via para a solução de inúmeros problemas da esfera humana. E diante dos impactos oriundos do avanço destas tecnologias, almejamos, por último, evidenciar o quão colossal é a relevância dessa discussão no campo filosófico e acadêmico.
Palavras-chave:
Transhumanismo; Tradição Prometeica; Tradição Fáustica; Gnosticismo Tecnológico.
Banca:
Prof. Dra. CINARA MARIA LEITE NAHRA (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. DANIEL DURANTE PEREIRA ALVES (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. DARLEI DALL''AGNOL (Membro externo - UFSC)

Dissertação não disponível

Data:
06/12/2017
Título:
"Os limiter morais da guerra: Um estudo sobre a Teoria da Guerra Justa de Michael Walzer."
Resumo:
Esta Dissertação se propõe a discutir as problemáticas morais subjacentes ao fenômeno da Guerra, a partir de uma análise da Teoria da Guerra Justa, na forma em que a mesma é delineada na obra de Michael Walzer. A Teoria da Guerra Justa trabalha assumindo como ponto de partida que há situações em que é moralmente justificável fazer uso da guerra e da violência que obrigatoriamente acompanha esta última. Ela se divide em duas partes. A justiça do guerrear (jus ad bellum) diz respeito aos motivos que justificariam o recurso à guerra, concentrando-se na discussão sobre agressão e autodefesa. Já a justiça no guerrear (jus in bello) se concentra na discussão sobre o cumprimento ou a violação das normas de combate, normas estabelecidas tanto pelo costume quanto por instrumentos legais. Uma vez que as duas partes componentes da realidade moral da Guerra se encontram separadas de forma lógica, torna-se possível que se façam julgamentos independentes entre si. Assim, segundo Walzer, é possível travar uma guerra que seja justa, ou seja, cumpra com os requisitos do jus ad bellum, mas de forma injusta, violando as normas que conformam o jus in bello. Da mesma forma, uma guerra que não seja justa pode ser travada em conformidade com as regras. Através deste estudo, procuraremos realizar uma discussão sobre a possibilidade de que a guerra possa ser analisada à luz da moralidade, bem como se é possível determinar as condições em que uma guerra pode ser dita justa ou injusta.
Palavras-chave:
Guerra Justa; Michael Walzer; Moralidade da Guerra.
Banca:
Prof. Dr. EDRISI DE ARAUJO FERNANDES (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. SERGIO EDUARDO LIMA DA SILVA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. PABLO MORENO PAIVA CAPISTRANO (Membro externo - IFRN)

Dissertação não disponível

Data:
23/11/2017
Título:
"O CONCEITO DE PRÁXIS EM MARX"
Resumo:
Pretendemos, neste trabalho, abordar o conceito de práxis em Marx. Este conceito corresponde ao cerne principal na teoria marxiana, pois é a partir dele e com ele que surgem tanto uma teoria capaz de capturar o mundo humano em seu movimento real quanto direcionamentos para ação imediatamente prática em prol da transformação do mundo. Nossa intenção é compreender os principais fatores metodológicos contidos no materialismo-histórico-dialético. Isso nos permitirá pensar tempos históricos específicos, notadamente, a Grécia clássica e o renascimento, assim poderemos iniciar nossa compreensão sobre qual era a consciência da práxis que pairava no pensamento de cada uma dessas épocas, e mais, com a aplicação do método marxiano poderemos notar as justificativas materiaishistórico-dialéticas que fundamentam uma tal visão da práxis. 1 Rastrear a consciência histórica da práxis nos levará necessariamente a Marx, que por viver em um tempo em que a transformação material do mundo permitia-lhe enxergar claramente de onde vinham as determinações que moldavam a sociedade, pôde romper com a consciência da práxis que lhe precedia. E não só isso, também conseguiu indicar o caminho da revolução necessária para a transformação do mundo contida na práxis social revolucionária, caminho este que podemos utilizar até hoje.
Palavras-chave:
Materialismo-histórico; Dialética; Práxis; Revolução.
Banca:
Prof. Dr. MARIA CRISTINA LONGO CARDOSO DIAS (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. GABRIEL EDUARDO VITULLO (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. ANTONIO RUFINO VIEIRA (Membro externo - UFPB)

Dissertação não disponível

Data:
22/11/2017
Título:
"O amor na teoria de John Stuart Mill"
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo evidenciar o conceito e a função do amor na teoria moral de John Stuart Mill. Veremos que nesse sistema moral, o amor é sinônimo de simpatia. A simpatia é considerada um sentimento moral de ordem elevada e um prazer de qualidade superior que atende aos preceitos do princípio da utilidade. Referido princípio, que possui seu fundamento na tese hedonista, recomenda que os homens maximizem felicidade e se afastem da dor. O sentimento de simpatia (amor) é a disposição que os homens possuem naturalmente para considerarem a felicidade dos outros como sendo parte da sua própria felicidade. Esse sentimento funciona como uma poderosa sanção moral que efetivamente impele os indivíduos a agirem de acordo com o padrão da moralidade utilitarista. Para que consigamos compreender melhor as implicações que giram em torno da discussão sobre o amor na teoria de Mill, iremos analisar os pilares do sistema filosófico do autor que são: o empirismo, o hedonismo, o associacionismo, os cânones da psicologia, da etologia e a noção de aprimoramento da natureza humana e das instituições sociais. Referidos pilares fazem surgir uma série de complexificações na teoria da utilidade, quando comparamos o legado filosófico de Mill com a tradição utilitarista anterior ao autor, tais como a noção de princípios secundários da moral e de subteses da tese hedonista. Também analisaremos através dos relatos da Autobiografia como alguns eventos da trajetória da vida de Mill foram decisivos para a elaboração do seu sistema moral mais complexo e para que o amor ganhasse destaque em sua teoria. Questões relacionadas à justiça e a liberdade também serão analisadas sob a luz do conceito do amor na teoria de Mill.
Palavras-chave:
Amor; utilitarismo; simpatia.
Banca:
Maria Cristina Longo Cardoso Dias (Presidente - UFRN)
Cinara Maria Leite Nahra (Membro interno - UFRN)
Daniel Campos (Membro externo - UFSM)

Dissertação não disponível

Data:
20/11/2017
Título:
"O SIGNIFICADO DE ÉTICA EM MARX"
Resumo:
O presente trabalho pretende apresentar o significado de ética que aparece de modo velado nos escritos de Karl Marx. Embora, este autor não tenha desenvolvido uma concepção elaborada da ética e tenha rejeitado qualquer vinculação filosófica a respeito desta questão, Marx entende que esta categoria não é capaz de superar as contradições estruturais da sociedade capitalista. Por esta razão, que a ética não é tida como objeto central de sua teoria social comparecendo de maneira dispersa ao longo de suas obras sem, portanto, desenvolvê-la plenamente. Mas, a ausência de um tratado da ética em Marx, não implica na ausência de ética. Porém, quando Marx propõe uma modificação radical da sociedade burguesa se torna algo impossível de pensar que tal transformação social não estivesse acompanhada de uma perspectiva ética. Toda a sua obra, isto é, os textos de juventude e maturidade possuem uma significação ética, na qual repousa o objetivo desta pesquisa – desvelar tal significação. Assim, a tese de base deste estudo concentra-se na análise da ética derivada da própria existência social com todos os seus condicionamentos materiais, estando ela inserida num contexto real e numa estrutura histórico-social. Partindo deste pressuposto, contempla-se uma abordagem do significado de ética na teoria de Marx seguindo dois planos opostos: Um crítico e outro derivado da luta de classes. Ou seja, o primeiro plano fixa-se na moral a partir da sua determinação social e de classe, tendo, o dispositivo ideológico como um instrumento capaz de ocultar os interesses da classe dominante ao produzir uma moral forjada pela falsa consciência da realidade. O segundo plano é derivado da luta de classes existente na sociedade capitalista, o qual está alinhado aos interesses da maioria oprimida e explorada pelo sistema, logo, este escopo da ética coloca em perspectiva valores como a solidariedade, o coletivismo, a liberdade, o respeito e a coragem de lutar para subverter a ordem dominante.
Palavras-chave:
Materialismo histórico; Modo de produção; Ética; Moral; Constituição Humana.
Banca:
Prof. Dr. MARIA CRISTINA LONGO CARDOSO DIAS (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. SERGIO EDUARDO LIMA DA SILVA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. ANA SELVA ALBINATI (Membro externo - PUCMinas)

Dissertação não disponível

Data:
11/08/2017
Título:
"A CONCEPÇÃO DA DUPLA DOMINAÇÃO EM HORKHEIMER [1930-1940]"
Resumo:
Nosso texto tem por objetivo tratar o tema da dominação, o qual foi muito caro na alta modernidade, por assim dizer, bem como na modernidade tardia e, ao que nos parece, continua a ser de nuclear relevância para maior e melhor entendimento acerca do destino da civilização ocidental hodierna que, de barbárie em barbárie, pavimenta sua estrada para o declínio. Nossa dissertação discorre sobre a hipótese da dupla dominação em Max Horkheimer (1898-1973). Esta pesquisa seguiu um caminho que procurou entender de que modo se deu a compreensão de nosso autor acerca da dominação da natureza e da dominação do homem. Procuramos, no presente trabalho, não só expor o que se entende por dupla dominação, mas, sobretudo, mostrar de que maneira se deu essa dominação bifurcada. Dito de modo mais claro, procuramos percorrer um caminho que nos sugere que houve uma evolução na dominação duplicada, dessa feita, nosso trabalho é mostrar em que sentido houve essa evolução e como identificá-la dentro da obra de nosso autor, tendo em vista os anos 30 e 40 do século XX, levando em consideração as mudanças de ordem histórica, social, política, econômica e psicológica – se na década de trinta tínhamos uma concepção de dominação da natureza efetivada pela ciência e dominação do homem realizada pela política, nos idos dos anos quarenta temos uma dominação da natureza externa que continua a ser controlada pela ciência positivista e uma dominação da natureza interna, a qual diz respeito à formação do ego indivíduo na civilização.
Palavras-chave:
Max Horkheimer. Dupla dominação. Teoria Crítica.
Banca:
Prof. Dr. ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. CINARA MARIA LEITE NAHRA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. ANTONIO JÚLIO GARCIA FREIRE (Membro externo - UERN)
Prof. Dr. ANTONIO JÚLIO GARCIA FREIRE (Membro externo - UERN)

Dissertação não disponível

Data:
18/05/2017
Título:
"O agir moral na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e na Crítica da Razão Prática"
Resumo:
O objetivo deste trabalho será investigar como Kant explica ou fundamenta o agir moral na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e na Crítica da Razão Prática. Com efeito, podemos dizer que o agir moral na primeira está fundamentado na espontaneidade do agir dada pela liberdade. Na KpV podemos dizer que o agir moral é fundamentado na lei moral como um factum da razão. Portanto, para mostrar esses dois pontos, o seguinte caminho será seguido: em 2.1 será mostrado o surgimento de uma nova concepção de moralidade. Em 2.2 veremos que a nova concepção interpreta a moralidade como autonomia. No ponto 3 examinaremos elementos que caracterizam a natureza do agir moral na GMS e na filosofia moral Kantiana. No ponto 3.1 veremos que Kant sustenta o agir moral na terceira seção da GMS na ideia de que, quando nos pensamos enquanto livres, somos transportados a um mundo inteligível, possível pela liberdade. Também falaremos, nessa mesma subseção, sobre os problemas relacionados ao círculo vicioso, à dedução da lei moral na GMS bem como à distinção entre um mundo sensível e inteligível. No ponto 4 sobre o factum da razão mostraremos o factum como sendo a consciência da lei moral e como não sendo passível de dedução. Mostraremos que Kant sustenta o agir moral na KpV em tal factum. Ainda introduziremos nesse mesmo tópico, as duas interpretações possíveis do factum da razão. Na subseção seguinte, em 4.1 será mostrada a interpretação de Beck (1960) segundo a qual temos na KpV o que poderia corresponder formalmente a uma dedução do princípio moral. Em 4.2 analisaremos a interpretação de Allison (1990) segundo o qual o factum da razão pode ser compreendido como factum da razão, ou seja, como evidência de que a razão pura é prática. Em 4.3 veremos que, ao contrário de Beck, Almeida (1998) irá negar que seja possível uma dedução da lei moral na KpV. Com efeito, Almeida (1998) irá verificar que em razão dessa impossibilidade o sentido de factum da razão que se imporia seria o sentido cognitivista (ou intuicionista). Nessa mesma subseção, tendo em vista a interpretação cognitivista exporemos a interpretação da Beck (1981) em que o mesmo rejeita o ponto de vista cognitivista. Na subseção 4.4 veremos, basicamente, a liberdade enquanto condição do agir moral na KpV. E, por fim, concentraremos a nossa atenção no sentimento moral na KpV.
Palavras-chave:
Moralidade; espontaneidade; agir; factum da razão.
Banca:
Prof. Dr. JOEL THIAGO KLEIN (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. CINARA MARIA LEITE NAHRA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. LEONEL RIBEIRO DOS SANTOS (Membro externo - UFRN)
Prof. Dr. MARIA DE LOURDES ALVES BORGES (Membro externo - UFSC)

Dissertação não disponível

Data:
05/05/2017
Título:
"O DIREITO À MORTE E O COMPROMISSO LITERÁRIO: MAURICE BLANCHOT E JEAN-PAUL SARTRE"
Resumo:
Esta dissertação tem como tema a tensão entre Maurice Blanchot e Jean-Paul Sartre quanto ao aspecto ético, político e filosófico da literatura. Entendemos que essa tensão faz parte da subjetividade artística moderna, tendida entre a liberdade de recusa soberana e a aceitação do compromisso com a história, de modo que ambos os autores acirram essa contradição da literatura. Se, por um lado, Blanchot (2011b) afirma que a literatura é a porta para uma experiência além dela mesma, experiência que busca tornar a morte possível, Sartre (2004) afirma que a literatura é o âmbito de uma relação entre liberdades onde tem lugar uma dialética fundamental que implica a tomada de consciência. Ambos os autores concebem a realidade humana como negatividade, por isso a importância de Hegel como fundo comum de onde a tensão emerge. A filosofia hegeliana, através dos cursos de Alexandre Kojéve (2012), com sua ênfase na ideia de morte, terá em Blanchot uma rearticulação sem a qual não poderíamos compreender suas ideias sobre a literatura. Em Sartre, a filosofia hegeliana é igualmente importante, uma vez que suas ideias sobre o existencialismo articulam não apenas a fenomenologia husserliana e o marxismo (posteriormente), mas a dialética da negatividade e do universal concreto. Para Blanchot, a literatura manifesta uma liberdade absoluta, uma interrogação radical que põe em causa todos os projetos humanos. Para Sartre, essa liberdade absoluta, que pode ter sido o afã do surrealismo, é concebida como tentação da irresponsabilidade. A literatura permanece o lugar de uma ambiguidade que está presente nos dois autores.
Palavras-chave:
Maurice Blanchot. Jean-Paul Sartre. Literatura. Linguagem. Experiência. Dialética.
Banca:
Prof. Dr. EDUARDO ANIBAL PELLEJERO (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. MARCIO VENICIO BARBOSA (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. JOÃO CAMILLO BARROS DE OLIVEIRA PENNA (Membro externo - UFRRJ)
Prof. Dr. VINÍCIUS NICASTRO HONESKO (Membro externo - UFRRJ)

Dissertação não disponível

Data:
07/02/2017
Título:
"A POSSIBILIDADE DA FELICIDADE EM SCHOPENHAUER"
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo analisar a noção e a possibilidade da felicidade proposta pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Esta pesquisa é feita a partir do estudo dos escritos do próprio filósofo, especialmente as obras O mundo como vontade e como representação, tomo 1, e Aforismos para a sabedoria de vida. Também recorremos a alguns dos comentadores que, na tradição brasileira de estudos schopenhauerianos, abordam tal temática. Considerando o pensamento de Schopenhauer, este estudo traz uma análise sobre o entendimento de que a vida é sofrimento, investiga sobre a felicidade com a satisfação dos desejos, aborda a questão da superação do sofrimento pela negação da Vontade e discorre sobre a felicidade com a sabedoria de vida. O filósofo postula que todos estão sofrendo em qualquer situação que se encontrem: viver é sofrer. A fonte do sofrimento interminável é a essência em si do mundo, essência essa que Schopenhauer compreende como sendo a Vontade. Segundo o filósofo, a Vontade é uma essência autodiscordante, insaciável, ela expressando esse caráter conflituoso em cada indivíduo. Dessa forma, o sofrimento é uma expressão da Vontade. O sofrimento é a travação da Vontade, travação essa em que a Vontade impede a si mesma de realizar seus fins nos indivíduos. No entanto, podemos perceber uma superação do sofrimento pelo acontecimento da negação da Vontade, acontecimento esse em que a Vontade, em alguns indivíduos, prefere não mais afirmar a vida mediante a renúncia aos prazeres. Também podemos perceber a possibilidade de atingir uma vida agradável e feliz, vida essa que é entendida como uma vida sábia. Deste modo, surge a questão de compreender prováveis noções de felicidade, bem como a possibilidade de ser feliz na filosofia de Schopenhauer, já que, mesmo compreendendo a vida como continuo padecimento, o filósofo apresenta condições indicativas de felicidade. E o que podemos observar é que a felicidade é entendida de modo negativo, ou seja, é apenas ausência momentânea do sofrimento. Em Schopenhauer não existe felicidade como aquisição de contentamento, prazer. Podemos perceber ainda um estado de superação do sofrimento com a negação da Vontade, estado esse em que o sujeito se torna indiferente a todo padecimento. E também podemos perceber que mediante o conhecimento da sabedoria de vida, que é o caráter adquirido, as pessoas conquistam um aprendizado de como pode se conduzir na vida possibilitando viver de forma o menos infeliz possível. Esse modo de viver consiste na felicidade apresentada na eudemonologia do filósofo. Esta felicidade da eudemonologia é a que é passível de ser alcançada de forma prolongada segundo Schopenhauer.
Palavras-chave:
Vontade; Felicidade; Negação da Vontade; Sabedoria de vida.
Banca:
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Vilmar Debona (Membro externo - UFRRJ)
ver dissertação na íntegra

Data:
03/02/2017
Título:
"A biopolítica em Giorgio Agamben: Estado de exceção, poder soberano, vida nua e campo."
Resumo:
O conceito de biopolítica tem se tornado um rico instrumento de análise ou uma esclarecedora chave hermenêutica para a reflexão contemporânea sobre a lógica do poder, a genealogia do governo e o significado da política no mundo moderno. As diferentes concepções de biopolítica têm cada qual suas especificidades. O foco da abordagem do presente estudo será exclusivamente o diagnóstico biopolítico do presente elaborado por Agamben, no qual o conceito de biopolítica está centrado na politização da vida biológica. Procuramos mostrar o modo como a “arqueologia da biopolítica” empreendida por Agamben pode ser compreendida a partir da análise de quatro noções fundamentais, quais sejam: poder soberano, vida nua, estado de exceção e campo. Analisamos, primeiro, de que modo Agamben pensou a associação entre o domínio político e a animalização do homem a partir das lacunas deixadas pelas investigações de Arendt e Foucault. Em um segundo momento, examinamos a relação entre a organização soberana dos corpos e o estado de exceção. No terceiro passo de nosso percurso, analisamos a politização da vida nua e a produção do homo sacer, a sacralidade da vida. Em uma quarta e última etapa, esclarecemos de que modo Agamben pensou o “campo” como “nómos” secreto da biopolítica na modernidade. Trata-se de explicitar de que forma a reflexão de Agamben sobre o nexo existente entre poder político e vida nua se articula em torno desses quatro aspectos estruturantes. Buscamos evidenciar a relevante contribuição que o pensamento de Agamben oferece para o diagnóstico crítico da racionalidade política nas sociedades contemporâneas, aprimorando nossa compreensão sobre as novas formas do poder na modernidade tardia.
Palavras-chave:
Biopolítica; Agamben; Poder soberano; Exceção; Vida nua; Campo.
Banca:
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Arruda Nascimento (Membro externo - UFF)
ver dissertação na íntegra

Data:
31/01/2017
Título:
"Seria a identidade uma constante lógica? Entre Lógica e Metafísica"
Resumo:
O que chamamos de problema das constantes lógicas é uma tentativa de oferecer um critério não-arbitrário para distinguir o reino das expressões lógicas das não lógicas. Tradicionalmente, as expressões que constituem o vocabulário lógico foram vistas como responsáveis pela validade dos argumentos. Nessa tradição negação (~), conjunção (∧), disjunção (∨), implicação (→), os quantificadores universal (∀) e existencial (∃) foram considerados membros do conjunto privilegiado das constantes lógicas. Mas há ampla disputa sobre quais outras expressões deveriam ser inclusas nessa lista. Nosso objetivo é investigar um desses casos, a saber, as disputas sobre a logicidade da identidade. Observamos que nessa disputa os argumentos são essencialmente construídos numa interpretação representacionalista da identidade. Sendo assim, argumentamos que se abandonarmos esse pressuposto é possível vislumbrar uma linha de argumentação em defesa da identidade. Para fazer isso, abordamos o problema a partir das assim chamadas ‘caracterizações inferênciais’. Nessa abordagem as regras de inferência são usadas para expor o comportamento lógico das constantes lógicas. Assim, usaremos algumas das exigências dos representantes dessa abordagem para alcançar nosso objetivo. Em particular, seguiremos Popper (1946), e Dosen (1989). Usamos algumas de suas ideias, juntamente com algumas de Humberstone e Townsend (1994), para mostrar em quais condições forneceríamos uma resposta adequada ao problema da identidade enquanto constante lógica.
Palavras-chave:
Constantes lógicas; identidade; regras de inferência.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Samir Bezerra Gorsky (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Guido Imaguire (Membro externo - UFRJ)
ver dissertação na íntegra

Data:
19/12/2016
Título:
"O CONCEITO DE PREDESTINAÇÃO NA FILOSOFIA DE SANTO AGOSTINHO"
Resumo:
Está dissertação tem como objetivo a análise do conceito de predestinação na filosofia de Agostinho de Hipona. Nossa investigação terá início com a análise das origens e fontes que conduziram o filósofo no desenvolvimento desse tema. Logo após, buscaremos o lugar que o conceito ocupa nas obras e sua relação com as controvérsias maniqueísta e pelagiana. Por último, identificaremos o que seria a predestinação dentro do sistema estabelecido por Agostinho de Hipona para explicar a relação entre a liberdade da vontade humana e a soberania divina.
Palavras-chave:
Santo Agostinho; liberdade; graça; predestinação.
Banca:
Prof. Dr. Monalisa Carrilho de Macedo (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Sergio Eduardo Lima Da Silva (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Nilo Cesar Batista Da Silva (Membro externo - UFS)
ver dissertação na íntegra

Data:
19/12/2016
Título:
"HACKEAR A TECNOLOGIA: UM ESTUDO SOBRE A TEORIA CRÍTICA DA TECNOLOGIA DE ANDREW FEENBERG."
Resumo:
Este trabalho pretende oferecer um estudo da Teoria Crítica da Tecnologia de Andrew Feenberg, refletindo sobre a plausibilidade de realização de seu projeto de transformação cultural e política que ressignifica a instrumentalização da tecnologia e restitui-lhe um espaço político democrático para seu desenvolvimento sob controle da intencionalidade humana e segundo uma concepção holística da essência bidimensional da tecnologia. Partimos do pressuposto de que o atual modelo de desenvolvimento tecnológico amplia desigualdades, enquanto serve à dominação social dos que detém seu controle, além de generalizar crises ambientais ou humanitárias, por exemplo, no interior dos sistemas racionais tecnicamente estruturados como o capitalismo. A intenção de Andrew Feenberg é oferecer ao desenvolvimento tecnológico moderno uma intervenção alternativa capaz de transformar as relações tecnicamente mediadas nas sociedades industrializadas que, neste trabalho, interpretamos como esforço em hackear a tecnologia: romper as barreiras do controle e da afirmação tecnocrática do capitalismo hegemônico, decifrar o padrão da racionalidade tecnocientífica e seu código técnico associado e subverter a concepção e o uso corrente da tecnologia apontando para um desenvolvimento que integre suas dimensões instrumental e social.
Palavras-chave:
Tecnologia; Feenberg; Teoria Crítica; Democratização.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Thiago Isaias Nobrega De Lucena (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Carlos Alberto Jahn (Membro externo - Unisinos)
ver dissertação na íntegra

Data:
15/12/2016
Título:
"A AMBIGUIDADE DO DISCURSO RETÓRICO: CAMINHOS E DESCAMINHOS DA PERSUASÃO (PEITHÓ) COMO INSTRUMENTO PARA A FILOSOFIA NO GÓRGIAS DE PLATÃO"
Resumo:
Esta dissertação apresenta um estudo sobre o diálogo Górgias, de Platão, interpretando que essa obra é uma reflexão sobre a crítica platônica à retórica sofística, desenvolvendo a ideia de que ela é empeiria, produtora de lisonja (κολακευτική). Encontramos elementos ambíguos que revelam que, apesar de criticar a persuasão (πειθώ), Sócrates a reconhece como um requisito essencial para conduzir o elenchos (ελενκος). No diálogo, Sócrates vê-se diante de três interlocutores, Górgias, Polo e Cácicles. Este último sendo o seu algoz principal. Reconhecemos o diálogo em seu contexto histórico-cultural, visto que a Retórica, e seu elemento de persuasão, eram insumos constitutivos da cultura grega. Consideramos que o intuito de Platão é repensar os elementos retóricos e persuasivos dos sofistas a fim de alhures, expor a “verdadeira retórica”, ou seja, a Filosofia. Para isso, Platão faz uma análise da retórica persuasiva, colocando frente ao seu mestre um expoente da sofística, Górgias; e procura desvelar sua arte (τέχνη). Contudo, apesar de podermos reconhecer nele os elementos necessários, o diálogo finaliza sem diálogo, uma vez que não há persuasão de nenhum dos lados. Consideramos que todos esses pontos serão relevantes para compreendermos a persuasão (πειθώ) como um dos elementos basilares na oralidade grega e da dialética platônica.
Palavras-chave:
Ambiguidade; Persuasão; Retórica; Sócrates; Platão; Górgias.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira Da Silva (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Monalisa Carrilho De Macedo (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Candida Jaci De Sousa Melo (Membro externo - UFRN)
Prof. Dr. Lourival Bezerra Da Costa Junior (Membro externo - UERN)
ver dissertação na íntegra

Data:
13/12/2016
Título:
"Significação não-natural e implicaturas: o projeto de Herbert Paul Grice"
Resumo:
Este trabalho irá discorrer sobre a visão de Herbert Paul Grice com relação à linguagem e ao processo de comunicação. Grice é mais conhecido por sua separação entre significação natural e significação não natural, onde a primeira trata de uma conexão natural entre fatos e a segunda de convenções que associam entidades e/ou fatos sem relações naturais entre si, sendo está última o que possibilita a comunicação humana. Ele divide a significação não natural em quatro tipos: significação atemporal, significação atemporal aplicada, significação de ocasião e significação do locutor. Apesar disto, a maior parte da literatura foca apenas na sua definição de significação do locutor, marginalizando as demais. Este fato influi no modo como sua teoria das implicaturas conversacionais é analisada. A teoria das implicaturas é muitas vezes abordada sem que se trace uma relação entre ela e o resto do pensamento griceano sobre linguagem e comunicação. Deste modo, pretendemos elucidar que tanto a significação do locutor quanto as implicaturas são partes daquilo que o próprio Grice chamou de “um projeto mais amplo”. Ao mostrarmos as ideias de Grice unidas por um mesmo enquadramento, iremos mostrar porque as implicaturas conversacionais devem ser entendidas como uma explicação sobre asignificação de ocasião, deste modo, esclarecendo como essas ideias laçam luz sobre a distinção entre semântica e pragmática.
Palavras-chave:
Significação; comunicação; implicatura; pragmática.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Bruno Rafaelo Lopes Vaz (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Candida Jaci De Sousa Melo (Membro externo - UFRN)
Prof. Dr. Marcos Antonio Da Silva Filho (Membro externo - UFAL)
ver dissertação na íntegra

Data:
12/12/2016
Título:
"Uma leitura straussiana do Teeteto, 152a"
Resumo:
Este trabalho examina a possibilidade de que Sócrates esteja atacando um homem de palha no Teeteto, 152a, quando explica o dito de Protágoras de que “o homem é a medida de todas as coisas” como sendo expressão de um relativismo vulgar que iguala o conhecimento à mera percepção. Parte da sugestão de Leo Strauss de que os grandes escritores do passado fizeram uso de uma técnica peculiar, que ele denomina metaforicamente de “escrita entre linhas”, visando defender suas ideias heterodoxas da perseguição política, enquanto expressam abertamente ideias conformadas às opiniões amplamente aceitas na sociedade. Busca demonstrar que a sugestão de Strauss é válida e que na maior parte da história da filosofia a escrita entre linhas foi aceita amplamente e só recentemente esquecida. Busca clarificar a sugestão de Strauss e extrair regras mínimas que possam ser aplicadas na leitura do trecho citado do Teeteto. Considera ao final que uma leitura entre linhas do citado trecho pode indicar que a hipótese examinada está correta e sugere um ponto de partida para uma interpretação straussiana do diálogo como um todo.
Palavras-chave:
Escrita entre linhas; Exoterismo; Leo Strauss; Platão; Teeteto.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Jorge dos Santos Lima (Membro externo - IFRN)
Prof. Dr. Pablo Moreno Paiva Capistrano (Membro externo - IFRN)
ver dissertação na íntegra

Data:
12/12/2016
Título:
"Uma Investigação acerca do Pluralismo Lógico e B-entailment"
Resumo:
O pluralismo lógico vem recentemente chamando atenção, com vários autores opinando sobre o assunto. O pluralismo lógico é a posição que diz que há mais de uma lógica correta ou legítma, o que pode ser articulado de diferentes maneiras. A presente dissertação participa nesse debate explorando o B-entailment no contexto de variedades do pluralismo presentes na literatura. O B-entailment é uma noção de consequência lógica que é capaz de expressar outras relações, como as lógicas multi-dimensionais. Em particular, esse estudo examina quatro posições sobre o pluralismo: o pluralismo eclético de Shapiro, o pluralismo através de GTT de Beall e Restall, o pluralismo intra-teorético de Hjortland e os pluralismos através de teoria da prova de Restall e Paoli. Será mostrado como o B-entailment se encaixa nessas teorias e também como fica em falta em certos aspectos. O objetivo da dissertação é tanto contribuir para a discussão sobre o pluralismo lógico quanto expandir a discussão sobre o B-entailment e outras noções de consequência lógica desse tipo.
Palavras-chave:
Pluralismo lógico. Lógica multivalorada. B-entailment. Relação de consequência.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Joao Marcos de Almeida (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Abilio Azambuja Rodrigues Filho(Membro externo - UFMG)
ver dissertação na íntegra

Data:
05/12/2016
Título:
"A RELAÇÃO ENTRE ESTÉTICA E POLÍTICA NA OBRA DE JACQUES RANCIÈRE"
Resumo:
O presente trabalho discutirá a relação entre estética e política na obra do filósofo francês Jacques Rancière, a partir, principalmente, do conceito de partilha do sensível. Para Rancière há um campo comum que une essas duas esferas do saber humano, a estética primeira que se refere a um a priori da sensibilidade. Neste sentido, tanto a arte quanto a política podem intervir neste tecido da sensibilidade, reconfigurando a partilha do sensível de maneira dissensual. Há, segundo o autor, uma dicotomia no campo da partilha do sensível, duas lógicas que organizam ou redistribuem as atividades, os tempos e espaços. De um lado, uma lógica do consenso e da boa ordenação das posições e, de outro lado, uma lógica que funciona nas fronteiras da dominação, criando um sensível conflituoso. A partir deste campo comum da partilha do sensível, Rancière colocará em discussão como as artes afetam o tecido das partilhas e como ganha um caráter político por esta razão. O objetivo desta dissertação é apresentar e discutir como é possível a emancipação se efetivar a partir da prática de indivíduos como proletários ou artistas, pensando as relações entre estética e política.
Palavras-chave:
Partilha do sensível, estética/política, emancipação, regime estético.
Banca:
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Jordi Carmona Hurtado (Membro externo - UFCG)
Prof. Dr. Pedro Hussak Van Velthen Ramos (Membro interno - UFRRJ)

ver dissertação na íntegra

Data:
05/12/2016
Título:
"As imagens cinematográficas no contexto da política-estética de Jacques Rancière"
Resumo:
Jacques Rancière defende que as tentativas da filosofia de compreender as revoluções estéticas e políticas ao longo da história foram insuficientes ou errôneas e apresenta uma nova forma de reunir estética e política para compreender os movimentos da estrutura que ele chama de partilha do sensível. O presente trabalho expõe, primeiramente, uma análise dos três regimes de identificação das artes, a saber: o ético, o representativo e o estético; relacionando-os com seus respectivos poderes de fazer a manutenção das partilhas do sensível (polícia) ou causar rupturas (política) que alteram as partilhas. No primeiro capítulo, são analisados os dois primeiros regimes, expondo os problemas encontrados por Rancière em cada um deles, sobretudo no que diz respeito ao segundo regime, que, segundo o autor, ainda se faz muito presente na contemporaneidade, além de ser o regime no qual estão inseridos muitos dos autores que pensam a estética contemporânea. O segundo capítulo, dedicado ao regime estético, pretende demonstrar as origens da revolução estética a partir de uma reformulação do papel do espectador, pensamento cuja origem Rancière extrai de Schiller e cuja revolução é encontrada na literatura a partir de Flaubert, no poder da palavra muda. Pretende-se utilizar esse último conceito, o do mutismo das coisas que falam, para analisar como o esquema do regime estético redefine nossa relação com as imagens, o que será demonstrado através das análises que Rancière faz das contrariedades das imagens do cinema, ou seja, da fábula cinematográfica. Por fim, será mostrado o papel dessas imagens específicas, as das artes, no contexto da política, que, para Rancière, é indissociável da estética.
Palavras-chave:
Regimes de Identificação das Artes, Estética, Política, Imagem, Cinema..
Banca:
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. - Jordi Carmona Hurtado (Membro externo - UFCG)
Prof. Dr. Pedro Hussak Van Velthen Ramos (Membro interno - UFRRJ)
ver dissertação na íntegra

Data:
30/09/2016
Título:
"Revisitando o argumento Estilingue de Gödel: Será que a teoria das descrições de Russell realmente evita o Estilingue? "
Resumo:
A família de argumentos chamada “Slingshot Arguments” é uma família de argumentos subjacente à visão fregeana de que se sentenças tem referência, a sua referência é os seus valores de verdade. Usualmente visto como um espécie de argumento colapsante, o argumento consiste em demonstrar que, uma vez que você suponha que há alguns itens que são as referências das sentenças (como fatos ou situações, por exemplo), estes itens colapsam em apenas dois: O Verdadeiro e O Falso. Esta é uma dissertação sobre o slingshot que é denominado o slingshot de Gödel. Gödel argumentou que há uma conexão profunda entre estes argumentos e descrições definidas. Mais precisamente, de acordo com Gödel, adotando-se a interpretação de Russell de descrições definidas (que diverge da visão de Frege de que descrições definidas são termos singulares) é possível escapar do slingshot. Nós desafiamos a posição de Gödel de duas formas, primeiramente por apresentar um slingshot mesmo com uma interpretação russelliana de descrições definidas em segundo lugar por apresentar um slingshot mesmo se mudarmos de termos singulares para termos plurais à luz do recente desenvolvimento da chamada Lógica Plural. A dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro capítulo apresentamos o debate entre Frege e Russell sobre descrições definidas, no segundo capítulo apresentamos a posição de Gödel e reconstruções de seu argumento e no terceiro capítulo demonstramos nosso próprio slingshot para a Lógica Plural. Através desses resultados pretendemos concluir que podemos recuperar slingshots mesmo com uma interpretação russelliana de descrições definidas ou em um contexto de Lógica Plural.
Palavras-chave:
Filosofia; Destruição; Esquecimento; Questão-do-ser.
Banca:
Prof. Dr. João Marcos de Almeida (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Samir Bezerra Gorsky (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Luiz Carlos Dias Pinheiro Pereira (Membro externo - PUC - RJ)

ver dissertação na íntegra

Data:
02/08/2016
Título:
"QUE É ISTO – A FILOSOFIA?: UMA INTRODUÇÃO À DESTRUIÇÃO, AO ESQUECIMENTO E À QUESTÃO-DO-SER EM HEIDEGGER"
Resumo:
A presente dissertação procura ser uma introdução ao pensamento heideggeriano. Para cumprir esse papel, a conferência proferida por Martin Heidegger intitulada “Que é isto – a filosofia?”, bem como a introdução de “Ser e Tempo”, serão os textos de base dessa tarefa. A partir dessa preleção, o autor apresenta os conceitos fundamentais do seu pensamento. Os temas que serão abordados nesta tessitura são os seguintes: a essência da filosofia, o projeto da destruição, o esquecimento do ser e a retomada da pergunta por este último. Nessa perspectiva, será explicitado como os conceitos aqui inqueridos apresentam a existência de uma unidade básica entre eles, de maneira que sem um, a compreensão do outro é impossível. Em poucas palavras, a partir da explicitação e discussão dos conceitos supracitados, com base nos dois trabalhos referidos, será possível compreender a necessidade, a estrutura e a precedência da filosofia heideggeriana, bem como ficará claro por qual horizonte se deve guiar o leitor à compreensão do pensamento do autor aqui tratado.
Palavras-chave:
Filosofia; Destruição; Esquecimento; Questão-do-ser.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Luiz Roberto Alves dos Santos (Membro externo - UFRN)

ver dissertação na íntegra

Data:
23/06/2016
Título:
"DIREITO E MORAL EM HABERMAS: UMA LEITURA A PARTIR DA CONCEPÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO"
Resumo:
O presente trabalho trata de um conjunto de obras da segunda fase de Jurgen Habermas em relação a um dos aspectos da sua filosofia política, destacando as relações existentes entre o direito e a moral na concepção do Estado democrático de direito. Para Habermas, não se pode ter confusões entre as esferas da moral e do direito sob a pena de se estabelecer uma irracionalidade do sistema no todo. E isso quer dizer que não se pode exacerbar nem para um tecnicismo absoluto, nem para uma superposição acerca dos valores de forma completa, pois, para o filósofo, a moral e o direito devem se complementar, e isso se dá por meio de uma fundamentação política do exercício da democracia. Desse modo, será possível uma reflexão sobre a reabilitação da filosofia prática, para soluções de conflitos existentes em relação à inserção dos sujeitos nos Estados democráticos, o multiculturalismo e a religião. Esses dilemas, somados aos vários problemas que entram nas discussões dos Estados modernos, trazem à tona os seguintes questionamentos: como se dá a complementação do direito e da moral na concepção do Estado democrático de direito? E como é possível a legitimação do direito na democracia?
Palavras-chave:
Direito, Moral, Democracia.
Banca:
Prof. Dr.Antonio Basilio Novaes Thomaz de Menezes (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Cristina Foroni Consani (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Maria Jose Da Conceicao Souza Vidal (Membro externo - UERN)

ver dissertação na íntegra