Data:
14/09/2005
Título:
"Sobre a Questão Mente-Corpo em Filosofia da Mente"
Resumo:
O objetivo deste trabalho é fornecer uma compreensão preliminar da natureza da questão mente-corpo por meio de uma análise comparativa de algumas das principais teorias que figuram no debate mente-corpo. Como conclusão, após a análise comparativa das diversas teorias arroladas neste trabalho, são apresentadas as vantagens e desvantagens dos principais enfoques e com destaque para a proposta do monismo anômalo de Donald Davidson, pois, boa parte das objeções a essa proposta é resultado de enquadrar Davidson em um tipo de investigação filosófica que ele não parece seguir fielmente.
Palavras-chave:
causalidade. Dualismo. Materialismo. Reducionismo. Teorias da identidade.
Banca:
Profª Dra Ângela Maria Paiva Cruz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Giovanni da Silva de Queiroz (UFPB)
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
13/09/2005
Título:
"O Mito do Andrógino no Neoplatonismo segundo Leão Hebreu"
Resumo:
O presente estudo tem como objetivo, refletir sobre a filosofia neoplatônica, enfocando a atmosfera platonizante do século XVI. Dimensionando o diálogo do Banquete, onde aparece o mito do Andrógino que nos é apresentado através da fala de Aristófanes, mostrar-se-á como as idéias platônicas se ajustam e permeiam o imaginário de diferentes culturas, uma vez que resulta da necessidade do homem de encontrar respostas para suas principais inquietações: quem sou? De onde vim? Para onde vou? Tais questões continuam impulsionando o homem na sua eterna busca em desvendar o desconhecido. O mito do Andrógino procura mostrar que o homem é um ser incompleto, buscando sempre a perfeição. Esta é a concepção de Leão Hebreu na obra Diálogos de Amor, através do personagens presentes nestes distintos universos textuais, se pode depreender e relacionar concepções filosóficas a eles subjacentes.
Palavras-chave:
Leão Hebreu, Andrógino, Adão, Amor, desejo, cisão, corte, dualidade, Eros, Hermafrodito, judeu, queda, reintegração, totalidade.
Banca:
Profª Dra Monalisa Carrilho de Macedo (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Emanuel Ângelo da Rocha Fragoso (UECE)
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
09/09/2005
Título:
"Problema do Livre-arbítrio: O Compatibilismo como Resposta"
Resumo:
O problema do livre arbítrio é talvez um dos mais complexos da filosofia. A discussão surge do choque entre duas teses. A primeira diz que o comportamento voluntário é pelo menos em algumas vezes, livremente comandado pelo agente, promotor da ação. A segunda hipótese diz que existe uma causa ou uma explicação necessária e suficiente para tudo aquilo que acontece na natureza e que este mesmo raciocínio deve ser aplicado às decisões e ações humanas. P problema consiste no fato de que aceitar estas duas teses que se dizem igualmente evidentes implica na obtenção de resultados aparentemente inconsistentes. Elas geral o problema acerca da liberdade humana, justamente por sugerirem que as ações e escolhas não podem ser livres se forem causadas – e assim determinadas – por cadeias de eventos anteriores. Os que aceitam a existência do dilema são conhecidos como incompatibilistas. Costumam ser de dois tipos: a) os deterministas, que aceitam a determinação causal e rejeitam a liberdade; b) os libertaristas, que entendem que a liberdade existe porque deve haver algum evento (no caso, as ações e decisões humanas) que se excetuam da condição causal necessária e suficiente. Opondo-se a estas duas posições incompatibilistas, há a posição compatibilista. Esta concepção sugere que o dilema surge de uma má interpretação do problema e que, portanto, pode ser dissolvido, assumindo-se a noção de liberdade como ausência de restrições: livre é aquele que não é restringido, limitado, coagido. O objetivo da presente dissertação é sugerir – pela análise dos principais argumentos e objeções e adotando uma metodologia sistemática – que a concepção compatibilista pode ser uma solução além de plausível, fundamental, no que diz respeito a incrementar as discussões acerca do problema como um todo.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Claudio Ferreira Costa (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. José Arruda Sousa (UFC)
Profª Drª Ângela Maria Paiva Cruz (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
23/03/2005
Título:
"A Construção da Moral na Metafísica: uma Interpretação Nietzscheana"
Resumo:
Nietzsche é quem constata o imbricamento existente entre moral e metafísica. Todas as construções metafísicas para Nietzsche sempre resultaram na configuração da moral. De acordo com ele a sua tarefa primordial consiste em atingir o embrião do qual foi gestado a moral na metafísica. O filósofo no seu embate com os argumentos da tradição observa a moral como a "mestra da sedução", uma vez que ela entusiasma, persuade, e, inclusive, busca suprimir a dúvida, embora ela seja capaz de paralisar a vontade crítica e criadora. A crítica de Nietzsche à moral na metafísica configura uma nova abordagem para a filosofia, a saber, a "filosofia a golpes de martelo", cujo, brandir do martelo não é apenas uma ação destruidora para se trazer a ruína uma concepção antiga e obsoleta da filosofia. Nietzsche desconfia que a degeneração da cultura tem suas origens embrionárias na tradição e seus princípios fundamentam-se no socratismo. Na filosofia de Sócrates encontra-se a degeneração da vontade, de uma vontade forjada pela moral de costumes, sobrepujada pelos instintos que torna a vida inerte, sem plasticidade e que conduz o homem a se envergonhar de seus próprios instintos. Nietzsche também constata que o horizonte balizador dos grandes sistemas filosóficos foi o desejo de delimitar e explorar a esfera do pensável e tornar cognoscível e manipulável toda a realidade humana e tal atitude Nietzsche denominou de vontade de verdade.
Palavras-chave:
Metafísica; Nietzsche; Crítica; Moral e Metafísica.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Daniel Soares Lins (UFCE)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
21/03/2005
Título:
"Sobre o mal. Símbolo e Reflexão em Paul Ricoeur"
Resumo:
A presente dissertação aborda, através das discussões suscitadas pelo texto O pecado original: estudo da significação de Paul Ricoeur, a possibilidade de desfazer o conceito de Pecado Original para encontrar a intenção ortodoxa, o sentido reto. E esse sentido reto poderia não ser mais conceito, mas Símbolo Racional, símbolo para a razão, daquilo que declaramos de mais profundo e de mais essencial na Confissão dos pecados. Assim, teremos que partir das expressões menos elaboradas que são os símbolos declaração do mal que se dividem em primários e míticos. Estes conduzir-nos-á a uma Visão Ética do Mal, ou seja, uma interpretação segundo a qual o mal é retomado na liberdade tão completamente quanto é possível; para alcançarmos este sentido. E tal sentido só poderá ser encontrado se e somente se usarmos a Reflexão não como intuição, mas como apropriação de nosso esforço para existir e de nosso desejo de ser, através das obras que atestam esse esforço e esse desejo. Se a reflexão, por conseguinte, é esse esforço por existir e esse desejo de ser, ela deve recorrer a uma interpretação, um trabalho do pensamento que consiste em decifrar o sentido escondido no sentido aparente, porque só posso apreender o ato de existir nos símbolos dispersos no mundo.
Palavras-chave:
Símbolo do Mal, Visão Ética do Mal, Símbolo Racional, Pecado Original, Reflexão, Confissão.
Banca:
Prof. Dr. Abrahão Costa Andrade (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Iraquitan de Oliveira Caminha (UFCE)
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
30/11/2004
Título:
"O Sentido de Piedade no Diálogo Eutífron de Platão"
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o sentido da piedade que se encontra no texto Eutífron de Platão. O objetivo dessa discussão ocorre no diálogo entre Sócrates e Eutífron, quando ambos se encontram no tribunal de Atenas: Sócrates na posição de acusado e Eutífron de acusador. A partir desse encontro a discussão gira em torno da piedade, isto porque a acusação que pesa sobre Sócrates é de impiedade, pois este está sendo visto como corruptor dos jovens atenienses desviando-os da tradicional religião em vigor na época. Eutífron, porém, está como acusador de seu próprio pai, pois este, num ato de descuido, esqueceu no calabouço um escravo homicida que veio a falecer. Eutífron julga-se homem piedoso por aplicar a justiça de forma indiscriminada, no caso, com seu próprio pai. Com o fim de atingirmos nosso objetivo, esta reflexão foi dividida em três partes. O capítulo I possui dois momentos. No primeiro, apresentamos alguns aspectos espaço-temporais que reconstituem o contexto do encontro de Sócrates com Eutífron, enquanto no segundo, descrevemos e analisamos o diálogo propriamente dito entre os dois interlocutores. O capítulo II efetiva uma reflexão sobre o conceito de piedade no campo da metafísica e da religião. O capítulo III, e último, analisamos a questão da arte de perguntas e respostas em Sócrates. E finalizando as considerações finais, apresentando alguns comentários sobre o supracitado diálogo da juventude de Platão.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Giuseppe Tosi (UFPB)
Prof. Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Júnior (UFRN - PPGCS)

dissertação não disponível

Data:
22/11/2004
Título:
"Platão e a Dialética como Método Depurativo"
Resumo:
Se por um lado as discussões acerca da doutrina platônica já foram para muitos supostamente exauridas, resta lembrar que muitos questionamentos ainda persistem, seja quanto as reais intenções de Platão, se políticas ou metafísicas, ou principalmente, no tocante a um melhor entendimento do percurso platônico, com todas as diversas influências que vigoraram sobre ele, bem como, das conseqüências que estas influências tiveram sobre as distintas demandas que podem ser vislumbradas nos diálogos platônicos. E, é precisamente nesse último sentido que o presente trabalho pretende ter sua vigência, de maneira a fazer uma análise contundente sobre três termos/problema basilares para o entendimento da filosofia platônica, a saber: mito, dialética e catarse. Assim, estes termos são unidos aqui com a intenção de fazer vir a tona uma visão mais abrangente da doutrina supra-mencionada, recorrendo não apenas especificamente em Platão, mas também a toda uma gama de forças intelectuais captadas na construção de seu corpus doutrinário. Em última instância a presente proposta objetiva ampliar o raio de ação das análises feitas sobre Platão, e não observá-lo com um autor descaracterizado de sua realidade histórica, para que deste modo sua doutrina seja tomada mais proximamente a sua completude.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (UFS)
Profª Drª Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
16/11/2004
Título:
"Mestre Eckhart e o Fundo da Alma: a Metafísica do Silêncio"
Resumo:
O propósito deste trabalho é desvendar na obra de Mestre Eckhart (1260-1328), principal figura da mística medieval, o sentido dado por ele ao Nascimento da Palavra no fundo da alma. Idéia fundamental e nuclear de Eckhart, da qual se desenvolveram, e, por outra parte, se orientaram todas as demais idéias por ele pronunciadas. Na discussão desse tema, ele nos permite distinguir um caminho compreensivo acerca do lugar de Deus no homem, do pertencimento entre Deus e as criaturas, isto é, do sentido do "nobremente criado" empregado para o homem em sua natureza, tentando aclarar a experiência espiritual na qual o homem pode chegar pela graça ao que Deus é por natureza e do que é o silêncio diante da sabedoria insondável de Deus. Ao refletir a concepção mística do nascimento do Verbo divino, ele reflete acerca da filiação divina do homem, não excluindo uma reflexão sobre o lugar que ocupa o saber filosófico na experiência de Deus.
Palavras-chave:
Eckhart, nascimento, filiação, silêncio.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (UFS)
Profª Dra Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
12/11/2004
Título:
"O Abismo da Razão: A idéia de Deus na Crítica da Razão Pura"
Resumo:
O presente trabalho objetiva analisar a idéia de Deus na Crítica da Razão Pura, mostrando que há uma correlação entre a idéia de Deus e os conceitos de razão e de metafísica, de tal modo que a transformação de um deles implica a transformação dos demais. Para tanto, mostrar-se-á no capítulo primeiro os pontos centrais da transformação da filosofia em Kant, realçando como a origem, o propósito e a utilidade da Crítica centram-se na razão e sua vinculação com o problema da metafísica, dando-se um realce à doutrina filosófica do idealismo transcendental. No capítulo segundo, analisa-se o conceito kantiano de razão e sua ligação com as idéias transcendentais, mostrando que a reformulação kantiana da razão já prepara o terreno para a reformulação dos problemas da metafísica. Em seguida, analisam-se as inferências lógicas utilizadas para conhecer o ente supremo, evidenciando as principais objeções suscitadas por Kant, terminando com os resultados advindos das objeções kantianas à teologia filosófica. A conclusão da investigação retoma a correlação entre razão, metafísica e idéias de Deus, bem como a relação dessa problemática com o problema da linguagem da ontoteologia, terminando com a relação do ideal da razão e o problema do ceticismo.
Palavras-chave:
Kant, Crítica da Razão Pura; Metafísica; Razão; Idéias; Teologia Filosófica; Dialética; Deus.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bocaccini (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torres (UFPE)
Prof. Dr. Abrahão Costa Andrade (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
07/07/2004
Título:
"A Possibilidade do Pensamento na Era da Técnica em Heidegger"
Resumo:
Não enviado.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torres (UFPE)
Prof. Dr. Abrahão Costa Andrade (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
18/06/2004
Título:
"Corpo e Conhecimento em Epicuro"
Resumo:
Este trabalho tem como intenção discutir a proposta de um modelo epistemológico no pensamento epicúreo. A questão principal para tal propósito pode ser resumida em: Epicuro propõe um método coerente para a investigação da natureza? Para respondê-la é necessário atentar para o desenvolvimento da doutrina física no epicurismo e a influência do modelo médico. O primeiro passo reside na exposição dos argumentos gerais de Epicuro sobre o seu pensamento atomista. O segundo está em demonstrar como o corpo pode representar via principal para o conhecimento a partir da discussão da teoria da percepção epicúrea. Outro problema a ser investigado é a visão de Epicuro acerca das percepções e das opiniões como um processo no qual pode ser desenvolvido um método seguro para provar a validade ou a falsidade das opiniões acerca impressões dos sentidos. Na determinação das regras epicúreas para a investigação da realidade há evidências de que ele propõe duas regras principais das quais o corpo aparece como referência. A primeira regra consiste na formação do conceito inicial pela rejeição da demonstração na direção da definição. A segunda regra indica que as observações pela percepção são responsáveis pela reprodução do pensamento. O objeto principal deste estudo é a investigação da função do corpo no processo do conhecimento pela suposição de ele é o único veículo a receber impactos exteriores. O corpo como instrumento da percepção atua como uma via importante para o conhecimento e para produção do pensamento, logo, pensar o modelo epistemológico de Epicuro significa trazer o corpo para o centro destas discussões.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Profª Dra Elena Moraes Garcia (UERJ)
Profª Daª Maria da Paz Nunes de Medeiros (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
24/05/2004
Título:
"A Metafísica da Unidade em Nicolau de Cusa"
Resumo:
O objetivo de nossa dissertação tem como idéia central, o sentido de Unidade no pensamento de Nicolau de Cusa. Compreender esse sentido também chamado Máximo absoluto é refletir sobre a natureza divina. Deus é para Nicolau de Cusa coincidentia oppositorum, superação onde às oposições coincidem no infinito. O caminho que leva a compreensão de Deus como sendo de ordem incompreensível é para Nicolau de Cusa, douta ignorantia, experiência limite do conhecimento humano. Em Deus, ser infinito e pleno tudo se encontra como unidade, princípio e fim.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Heleno Cesarino (UFPB)
Profª Dra Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
29/09/2003
Título:
"As Origens Históricas do Zaratustra Nietzscheano: O Espelho de Zaratustra, a Correção do 'Mais Fatal dos Erros' e a Superação da 'Morte de Deus' "
Resumo:
A partir de um atento exame das relações do Zoroastrismo com a tradição ocidental, bem como a partir de uma detalhada e crítica leitura da obra nietzscheana, este trabalho pretende mostrar o que o personagem "Zaratustra", seus discursos e pensamentos poético-filosóficos e passagens correlatas de diversas obras de Nietzsche, espelham enquanto representações de uma filosofia que colhe, direta ou indiretamente, contribuições da tradição zoroastriana ou das suas derivações (na tradição judaico-greco-cristã, e ademais em toda a tradição filosófica ocidental). Municiada com essas contribuições, e com a interpretação que delas se faz, a filosofia nietzscheana questiona toda a tradição de pensamento do Ocidente, propondo a sua substituição por uma nova atitude diante da vida. Esse trabalho pretende mostrar também de que maneira a constituição do Zaratustra nietzscheano ganhou corpo, nos escritos do filósofo alemão, junto com a idéia de fazer, de um personagem homônimo do antigo profeta iraniano (Zaratustra ou Zoroastro, o fundador do Zoroastrismo), o arauto daquele importante texto que pretendeu "levar a língua alemã à [sua] máxima perfeição", enfeixando e levando a um clímax profético-poético condizente com o "sentido da Terra" as idéias-chave de Nietzsche sobre a correção do "mais fatal dos erros" e sobre a "morte de Deus". Procedeu-se a uma minuciosa investigação de razões e modos de a constituição do Zaratustra nietzscheano ter se espelhado no seu homônimo iraniano (seções 1.1 a 1.6), e um levantamento da obra nietzscheana sugeriu inquestionáveis relações com a tradição zoroastriana, no mais das vezes através das repercussões desta. Essas relações foram contextualizadas, em diversas instâncias (seções 2.1 a 2.3.2), no âmbito do "mais fatal dos erros", "a criação da moral" na ocasião mesma de sua transposição para o plano metafísico (Ecce Homo, "Por que sou um destino", 3). Mediante uma avaliação das possíveis circunstâncias e repercussões da "morte de Deus", as relações da obra nietzscheana com a tradição zoroastriana foram investigadas (seções 3.1 a 3.7), permitindo a compreensão desse acontecimento como componente essencial e trágico desenlace da correção do "mais fatal dos erros".
Palavras-chave:
Zaratustra, Zoroastro, Zoroastrismo, Avesta, Nietzsche, Metafísica, Moral, morte de Deus.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Miguel Antônio Nascimento (UFPB)
Profª Dra Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

ver dissertação na íntegra

Data:
29/09/2003
Título:
"Investigação acerca da Sophrosýne no Cármides e na República de Platão"
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo o estudo da sophrosýne (temperança) no Cármides e na República de Platão. O problema central reside na afirmação de ser a temperança uma das virtudes mais importantes no processo formativo do cidadão grego e, conseqüentemente, responsável pela harmonia e acorde necessários para que a alma e a polis encontrem e participem do verdadeiro Bem. Para tanto, será posto em dissertação as principais discussões em torno da temperança, a saber: as virtudes e sua importância para formação, sua relação com a felicidade; a definição de temperança nestes diálogos, sua relação com a alma e demais virtudes e, por fim, a vantagem ou conveniência de ser virtuoso ou temperante.
Palavras-chave:
Sophrosýne (Temperança); Cármides; A República; Platão; Virtudes; Paidéia (Formação).
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Profª Dra. Elisabeth Maia da Nóbrega (UFPB)
Prof. Dr. José Ramos Coelho (DFIL)

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Data:
19/09/2003
Título:
"Sobre a Crença na Identidade Pessoal em Hume"
Resumo:
A presente dissertação investiga a problemática da identidade pessoal tomando como fonte de inspiração a clássica crítica de Hume à crença numa subjetividade substancial. A análise limita-se aos textos básicos do Tratado que tematizam explicitamente a questão (I, iv, 6 e o Apêndice), mas sem descurar de uma abordagem preparatória mais ampla do conceito de identidade. Assim, no primeiro capítulo são expostos os princípios fundamentais da teoria humeana da percepção (I, i, 1-7) em sua relação com a idéia de identidade atribuída a objetos pretensamente externos (I, ii, 6; I, iv, 1-2). No segundo capítulo aplica-se este resultado na reconstrução da crítica à idéia de identidade pessoal (I, iv, 6). No segundo capítulo aplica-se este resultado na reconstrução da crítica à idéia de identidade pessoal (I, iv, 6). No terceiro capítulo é retomada a crítica do Apêndice e comparada aos resultados do segundo. Defende-se que o tratamento do problema no Apêndice apresenta um enfoque diferente daquele que Hume havia oferecido no livro I do Tratado, o que pode ser visto como uma autocrítica voltada para a defesa da principal vocação de sua doutrina, a crença, e ao mesmo tempo como uma certa compreensão de identidade pessoal.
Palavras-chave:
Hume, Crença, Identidade pessoal.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. André Leclerc (UFPB)
Prof. Dr. Claudio Ferreira Costa (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
09/09/2003
Título:
"A Resposta de Kant ao Problema de Hume"
Resumo:
Este trabalho tem o propósito de fazer uma interpretação textual da resposta de Kant ao problema de Hume, defendendo que ela se dá no contexto de uma metafísica da natureza. Por natureza, Kant entende o encadeamento dos fenômenos, quanto à sua existência, segundo leis postas pelos juízos sintéticos a priori a partir dos quais a própria natureza e a experiência são possíveis. Assim a experiência no sentido crítico é, sobretudo, a fundamentação da experiência científica a que Newton atribuía, por exemplo, um valor irrestrito. Disto parece decorrer que a experiência não é mais puramente receptiva no sentido reconhecido pelo pensamento de Hume. A experiência no sentido atribuído pela filosofia transcendental é apenas receptiva no que se refere à sensibilidade, porém não no que se refere ao entendimento. Em que pese a enorme distância conceitual entre Kant e Hume, nosso objetivo na presente dissertação é tematizar como a análise de Kant do princípio de causalidade (conexão) supera a de Hume (conjunção). Isto pode ser evidenciado principalmente pelo sentido do giro copernicano, cuja expressão transcendental procura desincompatibilizar-se das visões ontológicas anteriores, condição indispensável para reconduzir a metafísica à via segura da ciência. Sendo assim, a própria estrutura da Crítica da Razão Pura e dos Prolegômenos, acrescida do seu explícito cunho metodológico quanto à modificação, reordenamento e priorização das faculdades cognitivas, nos convence da superioridade conceitual da análise kantiana, mormente se nos detivermos mais atentamente nas conotações metafísicas presentes no seu desenvolvimento em detrimento daquelas mais precipuamente epistemológicas. Com base nestas premissas, procuramos interpretar os aspectos mais relevantes da resposta de Kant ao problema de Hume a partir dos passos norteados pela introdução. Em linhas gerais, o problema de Hume é apresentado no primeiro capítulo; nos capítulos seguintes desenvolvemos a resposta de Kant ao problema de Hume: no segundo abordamos a questão em geral, salientando como Kant a interpreta e se propõe a respondê-la; no terceiro abordamos a sua estratégia de solução na Analítica dos Conceitos da Crítica da Razão Pura, enfatizando a Dedução Transcendental das Categorias; no quarto problematizamos a solução oferecida por Kant na Analítica dos Princípios da Crítica da Razão Pura, enfatizando as Analogias da Experiência. Nas Considerações Finais, o argumento de Kant é relacionado às condições de possibilidade de uma metafísica da natureza.
Palavras-chave:
Crítica da Razão Pura, filosofia transcendental, metafísica, ontologia, causalidade, conjunção, conexão, natureza, giro copernicano, Prolegômenos.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torres (UFPE)
Prof. Dr. Claudio Ferreira Costa (UFRN)

dissertação não disponível

Data:
09/09/2003
Título:
"A Questão da Liberdade Humana no Tratado da Divina Predestinação de João Escoto Eriúgena"
Resumo:
Análise do conceito de liberdade humana no Tratado da Divina Predestinação de João Escoto Eriúgena. A interpretação de Eriúgena sobre a liberdade, a predestinação e a presciência divina, demonstra que tudo o que existe converge para Deus. Tudo o que existe é Deus. Se tudo o que existe, existe em Deus e por Deus, então, existe a liberdade humana, a predestinação e a presciência divina.
Palavras-chave:
Eriúgena, Liberdade, Predestinação.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Nachman Falbel (USP)
Profª Drª Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

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Data:
08/08/2003
Título:
"Argumentos sobre a Imortalidade da Alma no Fédon de Platão"
Resumo:
O trabalho tem como objetivo o estudo da doutrina da imortalidade da alma no Fédon de Platão. O problema central reside na afirmação de ser a alma imortal, para justificar tal afirmação Platão lança mão de uma demonstração dialética fundamentada na Teoria das Formas e Idéias. Será posto em dissertação a trama dos argumentos filosóficos articulados neste Diálogo, a saber: o argumento dos contrários; o argumento da anamnese; o argumento sobre a causa da geração e corrupção.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Giuseppe Tosi (UFPB)
Profª Dr Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

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Data:
23/04/2003
Título:
"Crítica ao Fundacionismo Cartesiano com Base no Argumento contra a Linguagem Privada"
Resumo:
A dissertação tem o objetivo de comprovar a pertinência do uso do argumento de Wittgenstein contra a linguagem privada como uma crítica ao fundacionismo cartesiano. Desta feita procura demonstrar: (1) num primeiro capítulo, a viabilidade conceitual de se encarar o argumento cartesiano do cogito, não como um simples silogismo, mas como um exemplo de uma experiência privada de adequação de um termo (cogito) à uma experiência mental interna (processo de pensamento); (2) num segundo capítulo a dependência do argumento contra a linguagem privada da idéia de que regras só podem ser seguidas mediantes critérios de correção fornecidos por uma comunidade lingüística que seja externa ao sujeito privado, de modo a ser inviável a suposição de que é possível nomear uma experiência interna sem recorrer a critérios externos de uso de termos; (3) num terceiro capítulo, a pertinência da hipótese levantada por Anthony Kenny, de que o alcance do argumento contra a linguagem privada pode ser estendido a idéia de privacidade epistêmica e ontológica, que emprestaria validade ao fundacionismo presente no argumento do cogito cartesiano. A fim de tornar evidente a pertinência do uso do argumento de Wittgenstein contra o fundacionismo de Descartes, faz-se necessário também, no terceiro capítulo da presente dissertação, demonstrar a impertinência das objeções à hipótese de Anthony Kenny, com base na experiência de pensamento do cérebro no recipiente, de modo a deixar claro a incompatibilidade existente entre a idéia cartesiana de cogito e a noção Wittgensteiniana de que a linguagem é uma atividade seguida por meio de regras, cujos critérios de correção devam ser externos e intersubjetivos.
Palavras-chave:
Wittgenstein, linguagem privada, fundacionismo cartesiano.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. João Carlos Salles Pires da Silva (UFBA)
Prof. Dr. Claudio Ferreira Costa (UFRN)

ver dissertação na íntegra