Data:
19/12/2012
Título:
"PARA ALÉM DA CIÊNCIA: POR UMA GAIA CIÊNCIA"
Resumo:
Em A gaia ciência Nietzsche irá abordar a ciência, especificamente a sua finalidade, sob uma perspectiva crítica, apontando a necessidade de um conhecimento científico mais humano e menos mecanicista, uma ciência mais próxima à arte, que ao invés de descobrir verdades, se ocupe em criar novos valores, visões e perspectivas. Ao longo da obra fica evidente a intenção do autor em não apenas criticar a ciência, mas também, conceber um novo método, uma nova ciência, uma gaya scienza, em alusão a arte dos trovadores medievais, onde vida e conhecimento sejam partes constituintes de um mesmo processo, fazendo do conhecimento um meio de vida. Uma ciência que não se enquadra nas categorias de verdadeiro ou falso, pois o seu valor é diferente do valor da verdade, seu valor maior é a máxima potencialidade da vida em todos os seus aspectos.
Palavras-chave:
Nietzsche, gaia ciência, razão, verdade, vida.
Banca:
Profª Dra. Fernanda Machado de Bulhões (Presidente - UFRN)
Profº Dr. Markus Figueira da Silva (Membro Interno - UFRN)
Profª Dr. Miguel Angel Barrenechea (Membro externo - UNIRIO)

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Data:
30/11/2012
Título:
"ÉTICA: NEUROCIÊNCIA E NEUROÉTICA"
Resumo:
O estudo da neuroética situa-se no campo da ética filosófica, onde razão e emoção fazem parte do jogo das decisões morais, constituindo-se elementos importantes dessa analise. Os campos de atuação da neurociência e da neuroética vem oportunizando discussões acerca das mudanças conceituações não só nas ciências médicas, mas também nas ciências sociais, educação e filosofia. Daí, nos determos nas emergências conceituais, no desenvolvimento técnico, tecnológico e biotecnológico, que compõem o repertório do avanço da ciência e dos dilemas morais que lhes são inerentes. Discussão que nos remete aos procedimentos adotados nesses campos de estudos, dado ao fato destes não afetarem somente a vida dos indivíduos submetidos aos procedimentos acadêmicos e/ou tratamentos, mas a sociedade como um todo. A neurociência como qualquer ciência encontra-se submetida a princípios morais e éticos, sobretudo, aos que dizem respeito aos processos de tomada de decisão nos estudos, intervenções ou manipulações envolvendo seres vivos, processo no qual os cientistas assumem responsabilidades e riscos. Para discutir e analisar este tema nos apoiamos como referencia principal, dentre outras, as teses de Emmanuel Kant e Jonh Stuart Mill acerca do dever e da utilidade.
Palavras-chave:
NEUROCIÊNCIA. NEUROÉTICA. BIOTECNOLOGIA. DEVER. UTILIDADE.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Bruno Ralaelo Lopez Vaz (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Érico Andrade Marques de Oliveira (Membro externo - UFPE)

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Data:
30/11/2012
Título:
"AS PROVAS METAFÍSICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS EM RENE DESCARTRES"
Resumo:
O presente trabalho tem por meta apresentar as provas da existência de Deus apresentadas nas Meditações Metafísicas de René Descartes, evidenciando sua importância e seu papel para o projeto filosófico cartesiano. A pesquisa procurou entender como Descartes, sendo um homem de ciência, buscará em Deus o sustentáculo e a garantia de sua filosofia. Portanto, antes será necessário entender que nessa época o conhecimento vive o caos e que Descartes se propõe substituí-lo se comprometendo a construir uma ciência nova firmada em bases seguras. Assim, o texto obedece a uma ordem que parte da dúvida como elemento metodológico imprescindível na superação de um saber carregado de incertezas e opiniões e difundido como sendo certo, para, enfim, atingir à verdade nas ciências, passando pela descoberta da primeira certeza, o Cogito, eu pensante, por isso existente. Encontrada esta certeza, a do sujeito que possui em si a ideia de um Ser infinito que contem todas as perfeições e, conforme ele irá demonstrar nas provas a posteriori e a priori. E, por isso, este Ser não pode ser pensado como não existente garantindo o projeto de Descartes.
Palavras-chave:
Método. Dúvida. Cogito. Deus.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Bruno Ralaelo Lopez Vaz (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Jaimir Conte (Membro externo - UFSC)

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Data:
06/11/2012
Título:
"UMA ANÁLISE DO TERMO XÉNOS EM O SOFISTA E O POLÍTICO"
Resumo:
Neste trabalho abordaremos o hóspede como personagem e método na obra platônica, com destaque para os diálogos O Sofista e O Político de Platão, e como essa noção de hóspede conduz ao inquérito do que seria um sofista, um político e um filósofo. Começaremos com a teorização dos possíveis significados para estrangeiro aos quais 'hóspede' pode estar ligado ou não, mostrando como o problema da recepção das diferenças pode ser pensado na obra platônica pelo prisma do estrangeiro. Analisaremos especificamente o diálogo O Sofista, apresentando a proposta do diálogo enquanto uma busca pelas diferenças, tanto no ramo ontológico quanto na definição do sofista. Da mesma forma, analisaremos o diálogo O Político, mostrando as relações que esse diálogo guarda com o seu anterior (O Sofista), no sentido de continuar uma investigação e mostrar como o político deve ser uma figura de conciliação dos problemas. Apresentaremos uma proposta visando pensar o último termo da investigação lançada em O Sofista: o Filósofo como uma proposta que Platão demonstra através de relações durante toda a sua obra e não apenas num diálogo, concluindo o trabalho com as relações que os textos nos deixaram para pensar o Filósofo a partir do prisma da hospitalidade.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Membro Interno - UFRN)
Profª Dra. Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)

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Data:
15/10/2012
Título:
"HANNAH ARENDT E A CRISE NA EDUCAÇÃO COMO CRISE POLÍTICO-FILOSÓFICA DA MODERNIDADE"
Resumo:
Este estudo busca esclarecer e discutir a reflexão de Hannah Arendt sobre a crise na educação no mundo contemporâneo enquanto crise político-filosófica da modernidade. Trata-se de explicitar de que forma o significado da educação está atrelado às condições de instituição, compartilhamento e conservação do mundo comum e humano. Com o intuito de reconstruir as análises da autora sobre os reflexos da crise político-filosófica da modernidade na esfera pré-política da educação, esta pesquisa investiga de que modo o fim da tradição metafísica, o esfacelamento da autoridade, o obscurecimento da esfera pública e a moderna alienação do mundo promoveram uma profunda degradação das capacidades humanas de construir, conservar e compartilhar pela ação e pelo discurso um mundo que possa sobreviver e permanecer um lugar não mortal para seres que nascem e morrem.
Palavras-chave:
Hannah Arendt; Educação; Crise; Modernidade; Autoridade; Espaço Público.
Banca:
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Odilio Alves Aguiar (Membro externo - UFC)

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Data:
02/10/2012
Título:
"INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DO PROBLEMA DA INDUÇÃO SOB UMA VISÃO FUNDAMENTADA EM TEORIA DE CONJUNTOS E TEORIA DE PROBABILIDADES"
Resumo:
O seguinte trabalho consiste na interpretação e análise do problema da indução sob uma visão fundamentada em teoria de conjuntos e teoria de probabilidades como base para a solução de suas implicações filosóficas negativas relativas aos sistemas de lógica indutiva de maneira geral. Devido à importância do problema e aos desenvolvimentos recentes nos referidos campos de conhecimento (início do século 20), bem como às relações visíveis entre eles e o processo de inferência indutivo, tem-se aberto um campo de possibilidades relativamente inexplorado e promissor. O ponto-chave para o estudo consiste na modelagem do processo de aquisição de informação usando conceitos de teoria de conjuntos, seguido por um tratamento usando teoria de probabilidades. Ao longo do estudo foi possível identificar, como obstáculos principais à justificação probabilística, tanto o problema da definição do conceito de probabilidade quanto do de racionalidade, além da sutil conexão entre ambos. Essa constatação permitiu um maior cuidado na escolha do critério de racionalidade a ser considerado no intuito de viabilizar o tratamento do problema por meio de situações-exemplo específicas, mas sem a perda de suas características originais, de modo que as conclusões obtidas possam ser estendidas a casos clássicos como o relativo à dúvida sobre a continuidade do nascer do sol.
Palavras-chave:
problema da indução, lógica indutiva, probabilidade.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. José Eduardo de Almeida Moura (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Giovanni da Silva de Queiroz (Membro externo - UFPB)

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Data:
28/09/2012
Título:
"DA EMERGÊNCIA DA PERSONAGEM SOCIAL DO HOMOSSEXUAL À CULTURA GAY: UMA LEITURA A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT"
Resumo:
A presente pesquisa tem como objetivo compreender a conceituação da homossexualidade enquanto uma criação social, que provém dos discursos permeados pelos dispositivos da sexualidade.Discute o tema da homossexualidade, com foco nas obras de Michel Foucault, destacando-se sua obra A História da Sexualidade, em que o autor enfatiza a homossexualidade como uma construção social que se manifesta no decorrer do século XIX. A partir dos discursos foucaultianos, propõem-se a compreensão e a análise da criação do conceito homossexualidade, construção que se volta a uma subordinação do sujeito enquanto agente social, ou seja, a criação da homossexualidade não se remete à prática sexual entre indivíduos do mesmo sexo, e sim a um sujeito social e à posição que toma perante a sociedade. Portanto, juntamente com o nascimento do indivíduo homossexual, tem-se igualmente a construção do indivíduo como sujeito social, ou seja, a homossexualidade e o sujeito homossexual são produtos da imbricação poder-cultura. Ao se abordar essa temática, quebra-se a hegemonia que visa à caracterização "naturalizada" da sexualidade e, consequentemente, da homossexualidade, que nasce com os discursos originados em clínicas médicas e divãs psiquiátricos, nos quais se percebe a atuação do poder nos discursos que implantam as "verdades" voltadas à sexualidade. Com isso, elabora-se uma discussão que busca refutar a eugenia que compreende a sexualidade como algo natural, instituindo o homossexual como um sujeito que nasceu refém de uma genética "ruim", um ser anormal que deverá ser tratado de sua patologia, e compreender esse indivíduo como um produto do discurso social.
Palavras-chave:
Homossexualidade. Dispositivos da sexualidade. Discurso.
Banca:
Prof. Dr. Alipio de Sousa Filho (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Membro Interno - UFRN)
Prof. Wanderson Flor Nascimento (Membro externo - UnB)

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Data:
13/04/2012
Título:
"A METAFÍSICA DE ISAAC NEWTON"
Resumo:
O objetivo geral dessa dissertação é analisar os aspectos metafísicos da "mecânica racional" de Isaac Newton, esclarecendo, pelo discurso científico e filosófico, os seus elementos principais, com destaque para a presença de uma entidade infinitamente racional por trás dos fenômenos de toda a natureza, e para a percepção de Newton como certo empirista que, no entanto, aceita deduções metafísicas; um filósofo-cientista. Os objetivos específicos podem ser assim enumerados: a) breve apresentação do desenvolvimento da ciência moderna, desde os pré-socráticos, buscando compreender os aspectos históricos que possibilitaram o surgimento da mecânica newtoniana; b) apresentação dos elementos da metodologia científica e filosófica, visando à compreensão de certa "metodologia newtoniana", compreendendo como essa metodologia específica consegue apresentar aspectos empíricos, matemáticos, filosóficos e religiosos; c) exposição, a partir dos conceitos newtonianos, do papel concernente ao homem no mundo e das "noções nocionais" de massa, espaço, tempo e movimento, necessários à análise e compreensão de certos aspectos metafísicos na física de Newton; d) elucidar os conceitos newtonianos referentes ao éter, para entendermos por que ele assume necessariamente características metafísicas e de mediação entre os corpos; e) apresentar e compreender os fatores que levam o empirista Newton assumir a religião na sua mecânica, bem como, a existência e funções de Deus na natureza, para objetar o conteúdo maior de sua metafísica; f) evidenciar os elementos metafísicos de sua mecânica clássica, que confirmam a presença de conceitos como Deus Criador e Preservador das leis naturais; g) por fim, analisar a importância de Newton para a metafísica moderna e a herança da filosofia da ciência do século XVII para a ciência contemporânea.
Palavras-chave:
Filosofia natural; Mecânica racional; Filosofia da ciência; Razão; Metafísica.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Bruno Rafaelo Lopes Vaz (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Alberto Oscar Cupani (Membro externo - USFC)

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Data:
10/04/2012
Título:
"AGOSTINHO E O CETICISMO: UM ESTUDO DA CRÍTICA AGOSTINIANA AO CETICISMO EM CONTRA ACADEMICOS"
Resumo:
O assentimento da verdade: eis uma fórmula que parece ter intrigado os filósofos desde a antiguidade. A possibilidade de apreensão da verdade foi defendida por alguns filósofos, que foram chamados de dogmáticos, devido à sua precipitação em julgar as aparências como representações da realidade, e refutada por aqueles que preferiram continuar questionando em vez de se comprometer com o seu pronunciamento. Esses pensadores foram denominados céticos. Entre aqueles que defenderam o assentimento da verdade, ganha destaque nesta pesquisa Santo Agostinho, que se propôs a combater a doutrina cética disseminada na antiga Academia de Platão, em sua obra Contra Academicos. Assim, para conduzir esta pesquisa, perguntamos: quais são os principais argumentos apresentados por Santo Agostinho contra o ceticismo acadêmico? Com o intuito de responder ao problema apontado, propomos investigar a crítica de Santo Agostinho ao ceticismo, identificando e analisando as principais refutações por ele construídas. Para isso, realizamos uma pesquisa que envolveu aspectos tanto do ceticismo quanto da vida e do pensamento de Santo Agostinho sobre essa doutrina.
Palavras-chave:
Ceticismo. Contra Academicos. Verdade.
Banca:
Profª. Dra. Gisele Amaral dos Santos (Presidente - UFRN)
Prof Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Membro Interno - UFRN)
Prof Dr. Roberto Bolzani Filho (Membro externo - USP)

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Data:
30/03/2012
Título:
"O MITSEIN E AS PERSPECTIVAS DECISÓRIAS DA AUTENTICIDADE SEGUNDO A ANALÍTICA EXISTENCIAL: PONDERAÇÕES ONTOLÓGICAS PARA ALÉM DOS LIMITES ÉTICOS E POLÍTICOS DO SER-COM"
Resumo:
O presente trabalho centra esforços na questão do ser-com os outros debatido na filosofia de Martin Heidegger. Para tanto, toma como base os seus escritos mais exponenciais, principalmente os seus excertos das obras Ser e Tempo e Introdução à Filosofia, nos quais o tema é pormenorizado. A linha de desenvolvimento no estudo feito consiste em perscrutar a ligação existente entre a questão do Dasein para com os outros e como essa relação pode ser tomada em seus aspectos de autenticidade e inautenticidade. Para tanto, é necessário tangenciar outros elementos filosóficos atinentes a essa relação de alteridade, analisando fenomenologicamente como o modo de ser-no-mundo do Dasein o influencia em seus termos decisórios mais profundos, os quais o direcionam para a autenticidade ou para a inautenticidade. Diante desse contexto decisório do Dasein, observa-se também a forma de compartilhar a verdade de acordo com a interação com os outros, e como esse modo de ser singulariza toda a estrutura ontológica de compreensão do homem segundo esse elemento integrativo do qual ele não pode escapar, ser-com os outros é uma situação existencial da qual o Dasein não se pode furtar a vivê-la. O trabalho também contempla a aparente contradição do Dasein estar sempre lançado no modo de ser impessoal na lida com os outros, explicando como é possível haver autenticidade (bem como também inautenticidade) nas interações com os outros, sem que haja uma regra definida previamente para tais formas de se relacionar com eles.
Palavras-chave:
Metafísica. Ontologia. Ética. Dasein. Ser-com. Ser-no-mundo.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Pablo Moreno Paiva Capistrano (Membro externo - IFRN)

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Data:
16/03/2012
Título:
"SUJEITO E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT"
Resumo:
O fio condutor dessa dissertação foi a pesquisa acerca da relação entre dois campos de problematização na obra de Michel Foucault que podem ser considerados, a uma primeira vista, inconciliáveis: por um lado, sua concepção de sujeito como construído e de certa maneira e por esse motivo, fruto de determinações, e, por outro, sua postura ética de busca permanente de criação de liberdade. Uma vez que, apesar dessa aparente inconciliabilidade, ambas as ideias estão presentes com muita ênfase na obra do pensador francês, procurou-se, nesse trabalho, compreender de que maneira estão articuladas. Para tal, foi necessário elucidar e interrelacionar a maneira como ele pensou os conceitos de sujeito, poder e liberdade. Percorrendo com o autor seu itinerário intelectual, foi possível perceber que suas concepções de sujeito e de liberdade não só podem ser conciliadas (ainda que mantendo seu caráter problemático) como estão intrinsecamente ligadas e decorrem uma da outra. Além disso, o percurso permitiu também identificar e descrever profícuas ferramentas conceituais para pensarmos sobre as contingências em que nos constituímos e sobre as possibilidades que temos de, a partir delas, criar novas subjetividades e experiências de liberdade.
Palavras-chave:
Ontologia crítica de nós mesmos; Microfísica do poder; Estética da existência; Ética como prática da liberdade
Banca:
Prof. Dr. Alípio de Sousa Filho (Presidente - UFRN)
Profª. Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Carlos José Martins (Membro externo - UNESP)

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Data:
16/12/2011
Título:
"ELEMENTOS DE UMA ÉTICA SEXUAL TOMISTA"
Resumo:
Esta dissertação tem como propósito apresentar uma visão elementar do pensamento tomista acerca da sexualidade humana a partir das noções de vício e de virtude. Apresentamos a noção de vício como disposição contrária à natureza do homem e buscamos seu significado etimológico, aproximando-se com a perspectiva neotestamentária de pecado e malícia. Esta noção é fundamentada pela noção aristotélica e agostiniana, utilizados por Tomás de Aquino. Apresentamos também duas virtudes dentro do pensamento cristão a respeito da sexualidade. São elas a temperança e a castidade. A temperança é uma virtude que rege os prazeres do tato, e reguladora da castidade. Por fim, mostramos que é possível no pensamento tomista admitir não só a legitimidade do prazer sexual, como também a sua necessidade natural nas relações, e estas relações só podem ser concebidas dentro do legítimo matrimônio.
Palavras-chave:
Sexualidade - Vício - Virtude - Temperança - Castidade - Matrimônio.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Profº Dr. Glenn Walter Erickson (Membro interno - UFRN)
Prof° Dr. Anderson Darc Ferreira (Membro externo - UFPB)

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Data:
15/12/2011
Título:
"O LUGAR NO ESPAÇO: DE MARTIN HEIDEGGER PARA EDUARDO CHILLIDA"
Resumo:
Ao construir o livro A Arte e o espaço - intitulado originalmente Die Kunst undder Raum (1969) - juntamente com Eduardo Chillida e dedicar o seu texto ao escultor, Heidegger parece ver nas obras de Chillida alguns de seus temas fundamentais resgatados e reunidos. Essa mesma fusão de conteúdo e pensamento Heidegger pareceu encontrar em seu diálogo travado, em outro momento, com a poesia de Friedrich Hölderlin.O que se pretende com este trabalho de dissertação é apresentar alguns conceitos fundamentais em Heidegger, notadamente sobre espaço, lugar e arte, assim como o modo como estes dialogam com as obras e o pensamento do escultor Eduardo Chillida. Dentre os pontos principais dessa convergência de pensamento entre o filósofo e o escultor, encontramos: a definição de arte; a relação mundo e terra; o pensamento acerca do lugar da arte nos dias atuais; e os significados de espaçar, incorporar e de positivar o espaço.
Palavras-chave:
Heidegger, Chillida, arte e pensamento.
Banca:
Prof. Dr. OSCAR FEDERICO BAUCHWITZ (Presidente - UFRN)
Profª Dra. GISELE AMARAL DOS SANTOS (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. MIGUEL GALLY DE ANDRADE (Membro Externo - UFPB)

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Data:
07/12/2011
Título:
"CUIDADO DE SI E HERMENÊUTICA DO SUJEITO EM MICHAEL FOUCAULT"
Resumo:
O trabalho, aqui desenvolvido, tem por objetivo apresentar o objeto de estudo de Michel Foucault em seus últimos anos de ensino no Collège de France, a saber, o cuidado de si. Apresentamos o cuidado de si em seu nascer, em sua origem, a partir do personagem Sócrates e seu desenvolvimento até o início da era cristã. Com um olhar atento, apresentamos com Foucault um trabalho de retorno e resgate do cuidado de si às discussões pessoais e acadêmicas; propomos, a partir do cuidado de si, ao sujeito contemporâneo uma problematização de sua vida para que desta problematização ele crie para si mesmo modos de vida que sejam coerência, conhecimento e cuidado com o que ele tem de mais particular, seu si mesmo. Passando pelas fontes que serviram de fonte de estudo para Foucault esboçar o nascimento do cuidado de si, vamos desenhando a forma com a qual Foucault tratou os documentos que falam do cuidado de si. Apresentamos Sócrates como aquele que por excelência faz com que os outros dêem à luz a formas de conhecimento e cuidado próprios ou, em outras palavras, apresentamos o cuidado de si socrático-foucaultiano como um constante inquietar o outro a prestar atenção aos modos como ele conduz sua vida, cria para si modos de ser e, consequentemente, cria éticas de existência. Apresentamos, enfim, o cuidado de si como causa de contínua imanência de modos de subjetivação do sujeito que se configuram em um não aceitar uma essência determinada, mas uma "forma" continuamente atualizada. O cuidado de si conduz a uma relação única e formadora de modos de subjetivação do sujeito; ele cria, na dinâmica da temporalidade, formas éticas de viver que se sustentam por uma coerência interna do sujeito com ele mesmo; ele não admite estaticidade na formação do sujeito, deseja sempre uma obra de si mais bela; ele não é isolamento, necessita e se faz com o outro. O cuidado de si é o princípio e o telos das batalhas e conquistas do sujeito dentro de sua temporalidade e existência.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. ALIPIO DE SOUSA FILHO (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. EDUARDO ANIBAL PELLEJERO (Membro Interno - UFRN)
Profª. Dra. EUGENIA TEREZA CASTELO BRANCO C. KRUTEN (Membro Externo - UFPB)

dissertação não disponível

Data:
30/11/2011
Título:
"PRAZER COM RAZÃO: ANÁLISE E CRÍTICA DA ÉTICA SEXUAL KANTIANA"
Resumo:
A presente dissertação objetiva apresentar os fundamentos da ética kantiana no que concerne ao juízo moral acerca das práticas sexuais. Mostra que o ato sexual, para o filósofo, inevitavelmente degrada os indivíduos que nele tomam parte, dada a sua natureza objetificadora, manifesta no uso dos indivíduos como meros meios para a obtenção de prazer. Para solucionar tal aporia da natureza – posto que humanidade é um fim em si mesmo, em virtude de ser portadora de racionalidade, não podendo, por isso, ser tratada como mero meio – Kant afirma ser o matrimônio o lócus moral adequado para o exercício da sexualidade, dada a reciprocidade aí forjada, impedindo a degradação. No casamento, o vínculo estabelecido entre o impulso da natureza para a conservação da espécie – concretizado por meio do intercurso sexual aberto à procriação – e o dever do homem para consigo mesmo enquanto ser animal – preservar a espécie sem degradar a pessoa – é cumprido de modo plenamente moral. Este texto clarifica que a justificativa para a assunção desta solução se fixa em dois desdobramentos do imperativo categórico: as fórmulas da humanidade e da lei da natureza. A despeito do fato da primeira trazer contribuições significativas para as relações humanas graças ao conceito de reciprocidade, a segunda estabelece um papel normativo para o argumento teleológico da sexualidade, tornando-se um entrave na filosofia prática kantiana. Para ultrapassar tal obstáculo, esboçamos uma crítica que recorre aos estudos de Michel Foucault acerca do sexo e das técnicas de poder a ele relacionadas, produtores de uma scientia sexualis no Ocidente, mostrando que a moral do filósofo de Königsberg também se inscreve, de alguma forma, neste projeto. Por fim, numa leitura foucaultiana da Aufklärung kantiana, reconhecemos que, para propor novas possibilidades éticas da vivência da sexualidade, urge pensar e criar novos espaços relacionais nos quais o sujeito assuma, autonomamente, o governo de si.
Palavras-chave:
Sexualidade. Dever. Humanidade. Degradação. Autonomia.
Banca:
Profª Dra. CINARA MARIA LEITE NAHRA (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. ALIPIO DE SOUSA FILHO (Membro Interno –UFRN)
Prof. Dr. MARCONI JOSÉ PIMENTEL PEQUENO (Membro Externo - UFPB)

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Data:
29/11/2011
Título:
"A MORAL KANTIANA ENTRE DEONTOLOGIA E TELEOLOGIA"
Resumo:
O objetivo deste trabalho é apresentar a crítica de Hegel à forma de pensar do Entendimento (Verstand) e a perspectiva de um novo conceito de Razão (Vernunft) ou racionalidade que daí surge, e isto tendo como base os três momentos do processo lógico (o momento do Entendimento, o Dialético e o Especulativo) apresentados por Hegel na Enciclopédia das Ciências Filosóficas. Mostrar-se-á que esta crítica se faz imanente à própria filosofia de Hegel, pois o Entendimento é tanto o objeto da crítica, como um dos momentos que constituem o próprio processo lógico-dialético (método dialético) que define a racionalidade hegeliana. Assim, a partir dessa inserção do Entendimento na própria Razão, ver-se-á que a crítica de Hegel não se dará apenas de forma destrutiva, de modo tal que o Entendimento fosse totalmente negado, mas antes elevará este mesmo Entendimento ao nível da Razão especulativa, tirando-lhe assim o seu pretenso lugar de faculdade absoluta da verdade e apontando-lhe o seu verdadeiro lugar.
Palavras-chave:
Kant, Moral, Dever, Vontade, Boa vontade, Natureza, Deontologia e teleologia.
Banca:
Profª Dra. CINARA MARIA LEITE NAHRA (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. SÉRGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA (Membro Interno –UFRN)
Prof. Dr. MARCONI JOSÉ PIMENTEL PEQUENO (Membro Externo - UFPB)

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Data:
04/11/2011
Título:
"A CRÍTICA HEGELIANA DO ENTENDIMENTO E A PERSPECTIVA DA RAZÃO"
Resumo:
O objetivo deste trabalho é apresentar a crítica de Hegel à forma de pensar do Entendimento (Verstand) e a perspectiva de um novo conceito de Razão (Vernunft) ou racionalidade que daí surge, e isto tendo como base os três momentos do processo lógico (o momento do Entendimento, o Dialético e o Especulativo) apresentados por Hegel na Enciclopédia das Ciências Filosóficas. Mostrar-se-á que esta crítica se faz imanente à própria filosofia de Hegel, pois o Entendimento é tanto o objeto da crítica, como um dos momentos que constituem o próprio processo lógico-dialético (método dialético) que define a racionalidade hegeliana. Assim, a partir dessa inserção do Entendimento na própria Razão, ver-se-á que a crítica de Hegel não se dará apenas de forma destrutiva, de modo tal que o Entendimento fosse totalmente negado, mas antes elevará este mesmo Entendimento ao nível da Razão especulativa, tirando-lhe assim o seu pretenso lugar de faculdade absoluta da verdade e apontando-lhe o seu verdadeiro lugar.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. JUAN ADOLFO BONACCINI (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. SÉRGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA (Membro Interno –UFRN)
Profª Drª MARLY CARVALHO SOARES (Membro Externo - UFC)

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Data:
24/10/2011
Título:
"VIDA SEM-PORQUÊ EM MESTRE ECKHART: DESPRENDIMENTO E COTIDIANO"
Resumo:
Esta dissertação de mestrado apresenta um estudo sobre a concepção de vida entendida como sem-porquê a partir das obras espirituais de Mestre Eckhart, mais precisamente, os Sermões Alemães (Deutsche Predigten), O livro da divina consolação (Das Buch der götlichen Trostung), Do homem nobre (Von dem edlen Menschen), Palestras de instrução ou conversações espirituais (Die Reden der Unterweisung) e Do desprendimento (Von Abgeschiedenheit). Seguindo o pressuposto do desprendimento, procura-se compreender e explicitar a concepção de vida sem-porquê como a irrupção que des-vela Deus e homem. Assim, descreve-se primeiramente uma reflexão do que é o desprendimento de acordo com três dimensões: ôntica, ontológica e mística. A onticidade da pobreza absoluta nos remete imediatamente a uma análise do ontológico de todo ôntico, que para Eckhart é o ser de Deus em sua deidade, inapreensível para o homem. Entretanto, a análise do ser de Deus nos leva para a vida humana novamente - a unidade entre o ontológico e o ôntico no mundo. A dimensão mística fundamenta essa unidade como totalmente sem-porquê. Mas a possibilidade de falar e pensar sobre o desprendimento se faz a partir da manifestação da vida mesma. Não existe sermão definitivo, método milagroso, caminho percorrido ou estratégia eficaz para tal fim – é na realização da vida que se é capaz de perceber o ressoar da auto-revelação divina que nos escapa. Para elucidar essa manifestação e compreender o significado de vida como sem-porquê, esta dissertação analisa quatro perspectivas dessa injunção: a arché e o telos da vida, o tempo sob o viés do nun, o verbum e o ego sum qui sum como o que justifica a vida sem-porquê e a insistência no cotidiano mundano entendida como transcendência. É difícil expressar a profundidade do pensamento eckhartiano em relação à sua concepção de vida, pois todo seu esforço é resguardar o vigor desse des-velamento do enclausuramento de uma determinação. Não obstante, é daí que ele abre um novo horizonte para o sentido de vida. Com isso, não existe rotina e determinação em Mestre Eckhart. Todo o ordinário é o espelho do extraordinário e todo clamor eckhartiano tem em vista a urgência de restabelecer a unidade do que é corriqueiro pelo viés do que é essencial: a vida nossa de cada dia como sem-porquê.
Palavras-chave:
Desprendimento, Deus, Homem, Cotidiano, Vida Sem-Porquê.
Banca:
Prof. Dr. OSCAR FEDERICO BAUCHWITZ (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. EDRISI DE ARAÚJO FERNANDES (Membro Interno –UFRN)
Prof. Dr. ENIO PAULO GIACHINI (Membro Externo - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO)

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Data:
06/10/2011
Título:
"HERÁCLITO NA FILOSOFIA DO JOVEM NIETZSCHE"
Resumo:
No início dos anos de 1870, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, professor de filologia em Basileia, inicia a sua produção filosófica, marcada pela publicação de O nascimento da tragédia, em 1872. Nietzsche se dedica com entusiasmo, neste período, a estudar e escrever sobre os gregos, entre eles, sobre os primeiros filósofos. Os textos póstumos de juventude Os filósofos pré-platônicos, também conhecido como as Lições, escritas para uso didático, e A filosofia na época trágica dos gregos são resultado de sua pesquisa profunda e apaixonada pelos mais antigos filósofos. Usando como fonte principal estes dois textos, esta dissertação tem como objetivo elucidar a interpretação desenvolvida por Nietzsche sobre o filósofo Heráclito. Para isso, passamos pelas considerações nietzschianas sobre Tales, Anaximandro (sobretudo) e Parmênides, investigamos os quatro conceitos destacados e analisados nas Lições – devir, justiça (Díke), combate (pólemos) e fogo – e, por fim, aprofundamos nossa análise sobre a metáfora do mundo, isto é, do devir, como um jogo de criança que constrói e destrói castelos de areia à beira mar. Veremos que, para Nietzsche, Heráclito teve uma visão estética do mundo, uma visão contemplativa e alegre do mundo, do devir, marcado pelo eterno construir e destruir. Este é o espetáculo que, segundo Nietzsche, teria sido descortinado primeiramente por Heráclito e que deve ser contemplado eternamente.
Palavras-chave:
Nietzsche, Heráclito, Devir, Criança, Jogo.
Banca:
Profª Dra. FERNANDA MACHADO DE BULHÕES (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. MARKUS FIGUEIRA DA SILVA (Membro Interno –UFRN)
Prof. Dr. MIGUEL ANGEL BARRENECHEA (Membro Externo - UFRJ)

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Data:
23/03/2011
Título:
"Sobre o conceito de pseudoconcreticidade em Karel Kosik"
Resumo:
Para o filósofo tcheco Karel Kosik (1926-2003), o mundo contemporâneo é o mundo da pseudoconcreticidade, lugar onde vigora um "claro-escuro de verdade e engano". Nesse mundo, a praxis, enquanto atividade transformadora da natureza e criadora do mundo humano-social, foi convertida em mera atividade abstrata, calculadora, técnica, e desvinculada do trabalho como processo criativo. Essa ruptura assinala algo ainda mais significativo - a consciência e compreensão dos indíviduos acerca dos fenômenos, processos e relações que povoam a vida cotidiana ocorrem como representação, e não como um conhecimento conceitual, solidamente alicerçado no pensamento crítico. Partindo da investigação dialético-materialista, empreendida por Kosik, acerca das condições a partir das quais são formados tanto o modo de ser dos homens nas sociedades atuais como o seu pensamento, colimamos analisar e discorrer - à luz da principal obra daquele pensador: a Dialética do concreto (1963) - sobre o que seka esse conceito de psicoconcreticidade, procurando mostrar como ele é engendrado, como são produzidos os fenômenos pseudoconcretos e, enfim, como é possível, ou mesmo se é possível, destruir a pseudoconcreticidade.
Palavras-chave:
Karel Kosik. Praxis utilitária. Pseudoconcreticidade. Destruição.
Banca:
Prof. Dr. ALIPIO DE SOUSA FILHO (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. EDUARDO ANIBAL PELLEJERO (Membro Interno –UFRJ)
Prof. Dr. PEDRO LEAO DA COSTA NETO (Membro Externo - UFRJ)

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Data:
22/11/2010
Título:
"NIILISMO E TÉCNINCA: a caminho da ultrapassagem"
Resumo:
Para formular uma discussão plena sobre os elementos que regem uma teorização do niilismo, acentuamos a conceitualização dos temas prementes a filosofia de Nietzsche, para assim firmarmos um caminho seguro no tocante a sua afirmação, e não somente isso, no intuito de identificarmos a sua importância dentro de uma postura metafísica. No processo de escavação e análise dos seus elementos, encontra-se uma profunda cisão com o conjunto de doutrinas que permeiam a modernidade, contudo é importante estabelecer sobre que bases fundam-se esta compreensão a que se chega acerca do niilismo. Como ponto de investigação do primeiro capítulo considera-se o relativo ambiente histórico e filosófico em que parte o niilismo, baseado na leitura apontada por Franco Volpi, seguindo a análise e crítica do filósofo Friedrich Nietzsche, como elemento principal para uma caracterização do niilismo como questão filosófica a partir de conceitos fundamentais que permeiam a sua leitura: decadência, morte de Deus, desvalorização de valores, transvalorização de valores, vontade de poder e eterno retorno, são alguns dos conceitos mais freqüentes para uma caracterização do niilismo e servem de arcabouço para apontar uma crítica à metafísica. No segundo capítulo é feita uma análise sobre as idéias surgidas a partir da leitura tomada em Nietzsche que são desenvolvidas entre o filósofo Martin Heidegger e Ernst Jünger. Um diálogo que circunscreve o niilismo e os seus desdobramentos para a Era da Técnica para pensar a sua superação ou ultrapassagem.
Palavras-chave:
Niilismo, Decadência, Morte de Deus, Vontade de Poder, Técnica, Superação.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro Externo –UFRJ)
Profª Drª Gisele Amaral dos Santos (Membro Interno - UFRN)

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Data:
19/11/2010
Título:
"O CONCEITO DE LIBERDADE EM O SER E O NADA JEAN-PAUL SARTRE"
Resumo:
A presente dissertação tem por objetivo abordar o conceito de liberdade sob a ótica do filósofo francês Jean-Paul Sartre, tendo como pano de fundo principal a obra O Ser e o Nada (Ensaio de Ontologia Fenomenológica). Tentar-se-á aqui, após a apresentação do conceito sartreano de liberdade, mostrar que esse conceito traz a reboque a noção de responsabilidade, o que vem, em última análise, a nos levar a definir a filosofia sartreana como uma filosofia da ação. Embora esta pesquisa esteja balizada pelas densas linhas do ensaio aqui referido, serão abordadas também outras obras do pensador francês no sentido de se tentar atingir o objetivo da pesquisa.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Jorge Luiz Rocha de Vasconcelos (Membro Externo –UFF)
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Membro Interno - UFRN)

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Data:
10/11/2010
Título:
"O FILÓSOFO E O PENSAMENTO INTEMPESTIVO"
Resumo:
Se em todo escrito existe um objetivo, o que esse se propõe é pensar como a figura do filósofo aparece na série Considerações Intempestivas, lançada em quatro volumes entre os anos de 1873 e 1876. Nesses escritos de Nietzsche, no que pese as diferentes temáticas abordadas, ele esboça um tipo de homem propriamente filosófico, assim como apresenta em detalhes o que pensa sobre a filosofia e seu papel relativamente à época, articulando essas idéias de modo intrínseco com uma noção renovada sobre a cultura, que desempenha um papel extremamente importante no conjunto de sua obra. A partir disso, proponho pensar com Nietzsche, mas para além de seu horizonte histórico, como uma filosofia propriamente intempestiva se relaciona com a história. Dizendo de outra maneira, a partir dos caminhos trilhados por Nietzsche nas obras mencionadas, quero trazer para o presente, ensinamentos assimilados ao pensamento vivo, com o cuidado de colocar no primeiro plano o que cabe ao filósofo, considerado como médico da cultura, relativamente à época e à civilização, ou seja, desejo pensar a tarefa do filósofo nos tempos de caos como o que nos toca viver, pensando a um só tempo, como a época recebe a filosofia, e conseqüentemente, a maneira como a filosofia se relaciona com a época.
Palavras-chave:
Nietzsche, Filosofia, Cultura, Juventude, Intempestivo.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Soares Lins (Membro Externo –UFC)
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Membro Interno - UFRN)

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Data:
28/10/2010
Título:
"UMA NOVA TECNOLOGIA NO PENSAMENTO DE HERBERT MARCUSE: arte e técnica na sociedade unidimensional"
Resumo:
Este trabalho trata da questão da tecnologia no pensamento de Herbert Marcuse, explicitando a fusão entre tecnologia e dominação que resulta num aparato tecnológico totalitário. Desse modo, a civilização tecnológica é sustentada e justificada por uma racionalidade tecnológica que serve como uma força de ajuste causando uma paralisia da crítica. Ao analisar o aparato tecnológico na sociedade administrada percorremos não somente no pensamento filosófico de Marcuse, mas de outros grandes pensadores, com Heidegger, Hegel, Marx, como também um debate sobre a filosofia da ciência e da lógica lingüística. O autor aponta para a necessidade de uma nova racionalidade tecnológica que aconteceria por meio de uma nova sensibilidade onde a técnica possibilitaria uma nova relação do homem com a natureza. A partir daí,emergiria a necessidade de um novo sujeito, esta transição seria possível por meio da sensibilidade, onde arte se converteria em arte da vida. Com a vinculação entre arte e técnica possibilitada pela nova sensibilidade, o autor deixa umas das suas principais contribuição, que reside no ato de deixar em aberto a possibilidade de uma nova meta.
Palavras-chave:
Tecnologia, Sociedade Unidimensional, Nova Sensibilidade e Arte.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Imaculada Maria Guimarães Kangusu (Membro Externo – UFOP)
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves (Membro Interno - UFRN)

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Data:
08/09/2010
Título:
"A RETÓRICA EM ARISTÓTELES: da orientação das paixões ao aprimoramento da eupraxia"
Resumo:
Palavras-chave:
Esta pesquisa põe em foco as relações entre a obra Retórica, de Aristóteles, e as concepções acerca de ética e de sabedoria prática desse mesmo autor. Procura mostrar que Aristóteles produziu a Retórica a fim de nortear a construção oratória e a orientação das paixões do homem grego, confirgurando-a como referencial de práticas voltadas para a ordenação social da pólis. Em outras palavras, a Retórica aristotélica, concebida pelo citado filósofo como sendo o estudo do que é persuasivo em cada discurso, não é composta com o significado de persuasão a qualquer custo, pois, noutro sentido, é idealizada por Aristóteles como saber útil ao aprimoramento da eupraxia (o bem agir em conformidade com o justo e o verdadeiro).
A presente investigação tem em vista que a obra Retórica foi elaborada pelo Estagirita numa época de fortes transformações e agitações sociais na antiga Grécia: o ceticismo se expandia, com cada indivíduo querendo viver para os seus próprios negócios e, principalmente em Atenas, uma cidade que servira como referência intelectual e política, havia uma carência do espírito coletivo. Nesse tumultuado ambiente social, Aristóteles, contando com uma cultura de gregos ansiosos por opiniões confiáveis e socialmente partilháveis no campo da verossimilhança, buscou, com a obra que é núcleo desta investigação, contribuir para o desenvolvimento da ética e da ciência política; para os encaminhamentos judiciais e a organização das inter-relações sociais em ambientes variados, inclusive tentando proporcionar o conhecimento sobre as paixões humanas e o equilíbrio emocional dos cidadãos atuantes em encontros deliberativos.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (Membro Externo – UFMG)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
30/08/2010
Título:
"INVESTIGAÇÕES EM TORNO DO ANTROPOCENTRISMO E DA AUTAL CRISE ECOLÓGICA"
Resumo:
Grande parte dos pensadores da ética ambiental credita a crise ecológica da atualidade ao fato de que tanto o pensamento quanto as ações dos seres humanos seriam antropocêntricos, ou seja, teriam como objetivo único a satisfação de necessidades e desejos dos próprios homens. No entanto, uma cuidadosa investigação sobre a relação que os humanos mantêm entre si poderia revelar que talvez não sejamos verdadeiramente nem sequer antropocêntricos. O objetivo deste trabalho é tentar trazer à luz mais conhecimentos sobre isto: se de fato pensamos e agimos de forma antropocêntrica, como é amplamente aceito. E parece que conseguimos nos aproximar de uma resposta satisfatória para a questão.
Palavras-chave:
ética ambiental, ética antropocêntrica, crise ecológica, consciência, ambiental.
Banca:
Prof. Dr. Jaimir Conte (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Nancy Mangabeira Unger (Membro Externo – UFBA)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro Interno - UFRN)

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Data:
28/06/2010
Título:
"METAFÍSICA E MORALIDADE NA FILOSOFIA DE SCHOPENHAUER"
Resumo:
Este trabalho afirma uma mútua implicação entre metafísica e moralidade na filosofia de Schopenhauer e busca explicitar as diversas nuanças na qual se dá essa relação. Cada capítulo apresenta uma perspectiva na qual a relação entre metafísica e moralidade pode ser abordada. Desse modo, através da exposição de alguns aspectos importantes da teoria da representação de Schopenhauer, tentamos, no primeiro capítulo, explicitar a relação entre seu idealismo e sua concepção de moralidade; no segundo capítulo, o determinismo presente tanto na natureza quanto nas ações morais estabelece a relação entre moralidade e metafísica através da própria noção de metafísica da natureza; no terceiro capítulo, a relação entre metafísica e moralidade se dá através da noção de liberdade como negação do determinismo anterior, liberdade essa possível ao gênio, ao santo e ao asceta. Todas essas perspectivas, entretanto, pressupõem a distinção entre fenômeno e coisa-em-si, figurando tal distinção como indispensável na construção dessa metafísica que busca resguardar a significação moral do mundo ao mesmo tempo em que nega a existência de Deus.
Palavras-chave:
Schopenhauer – Vontade – Metafísica – Moralidade
Banca:
Prof. Dr. Jaimir Conte (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Deyve Redyson Melo dos Santos (Membro Externo – UFPB)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
27/05/2010
Título:
"ELEUTHERIA A NOÇÃO DE LIBERDADE NA ÉTICA DE EPICURO"
Resumo:
Epicuro de Samos (341-270 a.C) foi um dos mais importantes pensadores da Antiguidade. O filósofo do Jardim, como ficou conhecido, teria escrito pelo menos 300 volumes. Tendo vivido em uma Grécia sem a autonomia de outrora, viu a mitigação do sentido de liberdade (eleutheria) no campo social. Além disso, a teoria atomística que lhe antecedia e o influenciou postulava a existência tão somente da necessidade (ananké) operando na physis, engendrando um conseqüente fatalismo que se estenderia ao campo das ações humanas, reiterando a negação da eleutheria.
É nesse contexto que ele vai, a partir da physiología, dar contornos originais ao estudo da physis, para poder postular a existência do acaso (tychè) operando no mundo físico e da liberdade, no agir humano. Se faz isso, é porque entende que ser livre é condição para a felicidade e esta reside no prazer. Para isso, Epicuro vai admitir o indeterminismo no âmbito da physiologia afiançando a existência de um movimento de declinação do átomo – o parênklisis.
Nesse trabalho, então, faremos uma análise de como se dá a noção de eleutheria desenvolvida no pensamento epicúreo e como ela se articula com seu projeto de ética. Em especial, discutiremos como, a partir da physiología, Epicuro vai pensar um éthos-livre voltado para a realização do prazer, para a vida feliz. Para tanto, nos valemos da Carta a Heródoto, da Carta a Pítocles, da Carta a Meneceu, das 81 Sentenças Vaticanas, das 40 Máximas Capitais e de relatos doxográficos.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
28/04/2010
Título:
"FOUCALT E A (BIO) POLÍTICA: Possibilidades e Metamorfoses de um Conceito"
Resumo:
A questão fundamental desenvolvida nesta pesquisa consiste em pensar sobre os possíveis sentidos da biopolítica no pensamento de Michel Foucault. No primeiro capítulo desse estudo procura-se analisar a racionalidade do biopoder. Trata-se de apresentar a racionalidade do poder funcionando como uma maquinaria social na fabricação da subjetividade dos indivíduos, a biopolítica como produtora de corpos e da subjetividade. O tema da biopolítica aparece como inspiração da metáfora nietzscheana da guerra. A idéia de que a história é a guerra pelo domínio dos corpos. No segundo capítulo, a (bio)política será pensada como políticas de resistências, lutas críticas, como uma postura de revolta do sujeito diante de sua condição de assujeitado. O biopolítico, aqui, é pensado como uma ferramenta conceitual para a leitura do pensamento/obra de Foucault. Uma resistência que pode ser pensada como uma biopolítica, como uma "indocilidade refletida". No terceiro capítulo, procurar-se-á mostrar como no Foucault que discute o poder já estava presente a ética do cuidado de si. Se o sujeito é produto, é capturado pelo discurso do biopoder que fabrica sua subjetividade, o cuidado de si, é a hora de pensar os conteúdos interiores. O cuidado de si é algo que se oferece como resistência, como uma possibilidade de pensar que esses conteúdos são construídos historicamente, e que portanto, é possível refundar-se. o cuidado de si é uma política de combate a esses conteúdos sedimentados que promove a colonização dos sujeitos. É possível passar de governado a governante de si, embora essa busca de liberdade seja sempre inacabada, seja sempre uma tensão, uma vontade de liberdade que pode se realizar não como um estado, mas pelo menos mínima e provisoriamente em formas outras de existência, e modos outros de se relacionar, maneiras outras de sociabilidade, de amizade, de sexualidade.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Alípio de Sousa Filho (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Soares Lins (Membro Externo – UFC)
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Membro Interno - UFRN)

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Data:
16/04/2010
Título:
"A CAMINHO DA FRONTEIRA: Entre Heidegger e os Japoneses"
Resumo:
Há pouco menos de meio século atrás, consolidou-se a chamada filosofia da fronteiras ou limites comparados, por meio da qual foi possível explorar novos caminhos para o pensamento desde o diálogo entre o Ocidente e o Oriente. Essa frutífera cooperação entre-fronteiras, cujas possibilidades se ramificaram em diversas áreas do conhecimento, possui um berço comum: a conversa travada entre Heidegger e os japoneses da chamada Escola de Filosofia de Quioto. A intenção dessa dissertação de mestrado é mostrar, a partir do pensamento de Heidegger, a viabilidade teórica de tal troca de experiências entre ocidentais e orientais no âmbito da filosofia. Os rumos pelos quais se investiga essa hipótese buscam nos conceitos de Identidade e Diferença, Diálogo e Resposta, Comparação e Fronteira, a fundação basilar para arrogar efetivamente esse novo campo da filosofia comparada.
Palavras-chave:
Escola de Quioto, Fronteira e Heidegger.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Profª Drª Acylene Maria Cabral Ferreira (Membro Externo – UFBA)
Profª Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro Interno - UFRN)

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