Em agosto deste ano, o Festival do Minuto se juntou com a Academia Internacional de Cinema (AIC) para propor o tema Fazer Cinema como ponto de partida de um vídeo de um minuto. Até o último dia de inscrição (15/11), o projeto recebeu 165 trabalhos que, das mais diversas formas, exploraram as sensações e a metalinguagem do processo audiovisual.
Um dos candidatos vencedores deste festival foi a estudante de jornalismo da UFRN Anália Alencar, que ganhou uma bolsa integral de estudos na AIC com a produção do curta intitulado: “A filha do cinema”.
Anália comenta que o trabalho de produzir e experimentar no âmbito audiovisual foram ampliados na disciplina de Produção em Vídeo, com a professora Mirian Pinheiro, no curso de Comunicação Social da UFRN.
A partir disso, a estudante sentiu a necessidade de explorar as possibilidades do universo audiovisual, se inscrevendo no Festival, pelo desafio de produzir uma narrativa de um minuto que conte uma história – e uma boa história – sobre o sentido de fazer cinema e de produzir filmes, além de ser uma ótima oportunidade pra quem tá começando a produzir.
Sobre o retorno do público com relação a sua produção, Anália comenta:
“Fiquei bastante feliz com o retorno das pessoas, geralmente fazendo perguntas sobre o “meu pai”, porque dessa forma eu atingi um dos objetivos de se fazer um filme: convencer o público de que aquilo é a realidade. O “pai” do filme é um realizador audiovisual de Natal/RN, Júlio Castro, com o qual entrei em contato pedindo para usar as suas imagens, que foram fundamentais para a construção narrativa. Utilizei a linguagem documental para criar o argumento do filme e dessa forma ele pode ser considerado um doc-fic ou apenas uma ficção mesmo”.
A professora Mirian Pinheiro do departamento de Comunicação Social da UFRN, após saber do reconhecimento do trabalho desenvolvido por sua aluna, falou:
“O sentimento que me envolve é de satisfação, alegria e respeito pela criatividade e expressividade da aluna que aceitou a metodologia proposta para a disciplina de privilegiar as habilidades, competências dos alunos, lhes dando autonomia para juntos podermos produzir conhecimento de forma colaborativa e interativa. Sinto-me realizada como educadora, assumindo o papel de mediadora no processo ensino-aprendizagem”.
Com planos de realizar novas produções em audiovisual e seguir carreira nesse meio, a estudante comentou sobre sua premiação:
“É gratificante e motivador ter ganhado um concurso de cinema, sobretudo porque as outras produções submetidas eram muito boas. Esse reconhecimento me faz pensar que o caminho no audiovisual pode ser muito exitoso e também de bastante aprendizado”.
O fascínio pelo cinema o tornou sem dúvida uma das artes mais democráticas que criou e alimentou, ao mesmo tempo, um apetite pelo espetáculo, oferecendo a oportunidade de se recriar o passado, reimaginar o presente e visualizar o futuro. Mostrando-nos que essas novas gerações de cineastas iram dar prosseguimento a essa essência que torna o cinema algo tão particular e sublime por todos esses anos.
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